quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CANTINHO DO LIVRO

Olá irmãos de fé!


Seguem alguns endereços de bons livros sobre nossa religião:



http://www.umbandacomamor.com.br/livros/umbanda/indice.html

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

JOGO DE BUZIOS


O jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africanas e na religiões da Diáspora africana instaladas em muitos países das Américas.
Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.

Búzios
Búzio, concha de praia de vários tamanhos, utilizada como objeto de adorno nas roupas dos Orixás onde são aplicados formando desenhos, em colares chamados de fio-de-contas onde são colocados como fecho ou como Brajá totalmente feito de búzios imitando as escamas de uma cobra, como objeto de comunicação com os Orixás nas consultas ao jogo de búzios e Merindelogun.
O búzio tem uma abertura natural e uma parte ovalada, a maioria dos adornos e jogos de búzios são feitos com os búzios cortados, onde é tirada a parte ovalada do mesmo.
Existe muita discussão sobre qual seria o aberto e o fechado. A legenda das fotos estaria trocada, na visão das pessoas que consideram a parte quebrada como sendo o aberto.
Outros consideram que a abertura natural do búzio seja o aberto e a outra que é quebrada e ralada seja o fechado
Alguns sacerdotes jogam com os búzios inteiros nesse caso o aberto é a abertura natural do búzio.


Búzio fechado



Búzio aberto



No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, nas consultas ao jogo de búzios ou Merindelogun.
Usado para consultar o futuro, de acordo com a religião Batuque, Candomblé, Omoloko, Tambor de Mina, Umbanda, Xambá, Xangô do Nordeste ou como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas.
Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países. Sua origem é médio-oriental, mais precisamente a região da Turquia. Penetrou na África junto com as invasões daqueles povos aos africanos.
Adotado pelas mulheres pelo fato de que o Opele-Ifa e Opon-Ifa (jogos divinatórios originalmente africano) é destinado somente aos homens.
Entrou na vida e na cultura Yoruba e enraizou-se tão profundamente que hoje o Merindilogun (jogo de buzios) é mais conhecido que o verdadeiro oráculo dos Babalawos (o Opele-Ifa e Opon-Ifa)também o mais utilizado aqui no brasil.
No entanto, segundo algumas correntes e crenças nem todas as pessoas podem ler buzios. Esta prática está destinada apenas a pessoas com uma forte espiritualidade. De forma geral estão pré destinadas às Mães, Pais, ou filhos de Santo após a obrigação de sete anos com o recebimento dos direitos, autorização e ensinamentos dado pela mãe ou pai de santo.
Métodos de Jogo
Além dos búzios pode-se utilizar outros objetos para consulta dos Orixás: Obí, Orobô, Alobaça (cebola), atarê (pimenta da costa), ossos, víceras, e outros.
O jogo com quatro búzios, mais utilizado nos rituais para perguntas, normalmente as caídas correspondem às caídas do jogo de Obi
A quantidade de búzios pode váriar de acordo com a nação, o mais comum é composto de 16 ou 17 búzios, mas o jogo com 21 búzios também é muito comum.
Alguns métodos, não se baseiam em caídas por Odú como no Merindilogun, usam outras configurações e combinações de búzios abertos e fechados dividindo-os em quatro grupos de quatro búzios (que chamam de barracão) e analisam as quatro caídas e a disposição que elas se encontram, nesse tipo de Oráculo não se fala em Odú.
Um outro método de jogo é feito com as víceras dos animais oferecidos aos Orixás, e um outro jogo que utiliza ossos de animais unicamente ou em combinação com búzios, em ambos casos também não são orientados por caídas de Odú.
Em alguns métodos o olhador (adivinho) senta-se no chão e joga na própria terra, sem toalhas e enfeites como era feito no passado, é um jogo mais simples e rústico.
Podem ser jogados apenas em uma toalha branca numa mesa, ou num círculo formado por fio-de-contas (colares) com vários objetos representativos dos Orixás ou numa peneira também com fio-de-contas e objetos.
Existem mesas de jogo simples ou sofisticadas, dependendo das posses podem conter até sinetas e objetos de ouro.
É diferente do (Opelé-Ifa), (Opon-Ifa) e Merindilogun que são orientados por caídas de Odú, antigamente mais utilizados pelos Babalawos sacerdotes de Ifá, mas recentemente muitos Babalorixás e Iyalorixás já fazem uso desses oráculos também.
A consideração entre aberto e fechado do búzio também pode variar, a grande maioria dos Babalorixás utiliza a abertura natural do búzio como sendo o lado "aberto", mas várias mulheres no culto do Candomblé, principalmente na Nação de Keto, acostumaram a jogar como "aberto" o lado em que elas "abriam" o búzio, assim a fenda natural sendo o lado "fechado", afirmando que o verdadeiro segredo em um búzio fica guardado em seu estado natural, este é revelado apenas após sua abertura cerimonial arrancando-se esta parte até então fechada, assim vários Babalorixás e Iyalorixás que aprenderam por este método fazem esta forma "invertida" de leitura, ao apresentado nas imagens.
A grande verdade é que ao sagrar um formato onde seja considerado aberto/fechado, este sacerdote não mais o inverte e passa aos seus filhos o conhecimento desta forma, assim sendo particular de cada casa o cenário de leitura.
Existe também o método que é dado um significado para cada búzio, e um deles que normalmente é o maior é atribuído a qualidade de representante de Deus, e recebe o nome de Oxalá. Os outros falam através dele. Um exemplo: Depois de lançar as pedras do jogo, o bico do búzio maior (Oxalá) vai verificar qual os buzios que caíram em sua direção. Esses que caíram na linha deste búzio que falam no jogo de acordo com a sua característica. Os que caíram atrás do búzio, ou seja, que não estão na frente do bico do búzio, falam pelo passado.
Provérbios
Maséka - Não faça maldades; Aquele que estiver fazendo maldades; Estará fazendo a seus filhos, netos e a si mesmo.

JOGO DE TARÔ


Tarô é um jogo de cartas jogado na França e em outros países francófonos, composto por um baralho de 78 cartas. A Fédération Française de Tarot publicou as regras oficias do jogo[1]. Jogos da mesma família com diferentes nomes são também jogados em outros países da Europa central — na região da Floresta Negra no sul da Alemanha, Suíça, Áustria, Hungria e no norte da Itália. Desde o século XVIII as cartas passaram a ser usadas para a previsão do futuro e desde fins do século XIX elas integram o cerne do esoterismo moderno juntamente com a Cabala, a astrologia e a alquimia medieval.
Introdução
As cartas de Tarô surgiram entre os séculos XV e XVI no norte da Itália, e foram criadas para um jogo de mesmo nome, que era jogado pelos nobres e pelos senhores das casas mais tradicionais da Europa continental. O tarô (também conhecido como tarot, tarocchi, tarock e outros nomes semelhantes) é caracteristicamente um conjunto de setenta e oito cartas composto por vinte e um trunfos, um curinga e quatro conjuntos de naipes com quatorze cartas cada — dez cartas numeradas e quatro figuras (uma a mais por naipe que o baralho lusófono).
As cartas de tarô são muito usadas na Europa em jogos de cartas, como o Tarocchini italiano e o Tarô francês. Nos países lusófonos, onde esse jogo é bastante desconhecido, as cartas de tarô são usadas principalmente para uso divinatórios, para o qual os trunfos e o curinga são conhecidos como arcanos maiores e as cinqüenta e seis cartas de naipe são arcanos menores. Os significados divinatórios são derivados principalmente da Cabala — vertente mística do judaísmo — e da alquimia medieval.
Etimologia
A palavra tarô na língua portuguesa (ou em outras línguas: tarot, tarock, tarok, tarocco, tarocchi etc.) não possui uma tradução específica — ninguém sabe ao certo sua real etimologia. Acredita-se que ele possa vir da palavra árabe turuq, que significa "quatro caminhos"[2], ou talvez do árabe tarach[3], que significa "rejeito". Segundo a etimologia francesa, tarot é um empréstimo do italiano tarocco, derivado de tara[4], "perda de valor que sofre uma mercadoria; dedução, ação de deduzir".
O tarô tradicional possui 78 cartas; quando usado para fins divinatórios, cada qual é denominada de arcano, palavra que significa "mistérios ou segredos a serem desvendados" e foi incorporada pelos ocultistas do século XIX.
História
Os jogos de cartas entraram na Europa no final do século XIV, com os mamelucos da Pérsia[5], cujos jogos tinham naipes muito semelhantes aos naipes latinos italianos e espanhóis: espadas, bastões, copas e ouros (moedas). Embora haja um número significativo de hipóteses para a origem do tarô, as evidências atualmente mostram que os primeiros baralhos foram criados entre 1410 e 1430 em Milão, Ferrara ou Bolonha[6], no norte da Itália, onde cartas de trunfo foram adicionadas aos já existentes baralhos de naipe. Esses novos baralhos foram chamados de carte da trionfi, cartas de triunfo, e as cartas adicionais simplesmente de trionfi, termo que originou a palavra "trunfo" em português. A primeira evidência literária da existência das carte da trionfi foi um registro escrito nos autos da corte de Ferrara, em 1442. As mais antigas cartas de tarô existentes são de quinze baralhos incompletos pintados em meados do século XV para a família governante de Milão, os Visconti-Sforza.
Não há documentos que atestem o uso divinatório do tarô anteriores ao século XVIII, embora se saiba que o uso de cartas semelhantes para tal uso era evidente por volta de 1540. Um livro intitulado Os Oráculos de Francesco Marcolino da Forli apresenta um método divinatório simples usando o naipe de ouros de um baralho comum[7]. Manuscritos de 1735 (O Quadrado dos Setes[8]) e 1750 (Cartomancia Pratesi) documentam o significado rudimentar divinatório das cartas de tarô, bem como um sistema de tirada de cartas. Em 1765, Giacomo Casanova escreveu em seu diário que sua criada russa freqüentemente usava um baralho de jogar para ler a sorte[9].
Os primeiros baralhos: séc. XIV–XV
As cartas de jogar apareceram na Europa cristã por volta de 1367, data da primeira evidência documentada de sua existência — a proibição de seu uso, em Berna, na Suíça. Antes disso, as cartas foram usadas por muitas décadas no Al-Andalus islâmico. As primeiras fontes européias descrevem um baralho com normalmente cinqüenta e duas cartas, como o baralho moderno sem curingas[10]. O tarô de setenta e oito cartas resultou da adição de vinte e um trunfos numerados mais um sem número (o curinga) à variante de cinqüenta e seis cartas (quatorze cartas cada naipe)[10].
A expansão do uso dos jogos de cartas na Europa pode ser estimada por volta de 1377[11], a partir de quando as cartas de tarô parecem ter-se desenvolvido por volta de quarenta anos depois, e são mencionadas no que sobreviveu do texto de Martiano da Tortona. Estima-se que o texto tenha sido escrito entre 1418 e 1425, uma vez que o pintor Michelino da Bezzoso retornou a Milão em 1418 e o autor faleceu em 1425.
Da Tortona descreve um baralho semelhante em muitos aspectos às cartas usadas em jogos de tarô, embora o que ele descreve seja mais um precursor do tarô que o que se pode conceber das atuais cartas de tarô. Por exemplo, seu baralho tem apenas dezesseis trunfos, com motivos destoantes aos dos atuais baralhos (lá são deuses gregos), e os quatro naipes são quatro espécies de pássaros, e não os naipes italianos comuns. O que faz do baralho de Tortona mais semelhante ao tarô que os outros baralhos descritos na época é obviamente a presença de cartas de trunfo no conjunto. Cerca de vinte e cinco anos depois, Jacopo Antonio Marcello, um contemporâneo de Da Tortona, denominou-os de ludus triumphorum, ou "jogo dos triunfos"[12].
Os documentos seguintes que parecem confirmar a existência de objetos semelhantes a cartas de tarô são dois baralhos milaneses (o Brera-Brambilla e o Tarô Cary-Yale) — fragmentários, infelizmente — e três documentos, todos da corte de Ferrara, na Itália. Não é possível datar os conjuntos de cartas, mas estima-se que tenham sido manufaturados por volta de 1440. Os três documentos datam de 1.º de janeiro de 1441 a julho de 1442, com o termo trionfi registrado pela primeira vez em fevereiro de 1442. O documento de janeiro de 1441, que usa o termo trionfi, não é considerado confiável; contudo, o fato de o mesmo pintor, Sagramoro, ter sido comissionado pelo mesmo patrão, Leonello d'Este — como no documento de fevereiro de 1442 — indica que é ao menos plausível um exemplo do mesmo tipo. Depois de 1442 há uns sete anos sem quaisquer exemplos de material semelhante. O jogo parece ter ganhado importância no ano de 1450, um ano de jubileu na Itália, que presenciou muitas festividades e um grande movimento de peregrinos.
Os motivos especiais das cartas de trunfo, adicionados às cartas de naipe, parecem ter sido ideologicamente determinados. Especula-se que elas tragam um sistema específico que leva mensagens de diferentes conteúdos. Os exemplares mais antigos mostram idéias filosóficas, sociais, poéticas, astronômicas e heráldicas, bem como um grupo de antigos heróis romanos, gregos e babilônicos — como no caso do Tarô Sola-Busca (1491)[13] e no poema do Tarô Boiardo (entre 1461 e 1494). Por exemplo, o tarô mais antigo que se tem notícia, descrito no livreto de Martiano, foi confeccionado para mostrar o sistema de divindades gregas, um tema que estava em moda na Itália. Sua produção pode muito bem ter acompanhado uma celebração triunfal do comissário Filippo Maria Visconti, duque de Milão, significando que o propósito do baralho era expressar e consolidar o poder político em Milão (como era comum para outros artesãos da época). Os quatro naipes traziam quatro pássaros, motivos que freqüentemente apareciam na heráldica dos Visconti, e ordem específica dos deuses conotava que o baralho pretendia trazer uma os Visconti se identificavam como descendentes de Júpiter e Vênus (vistos não como deuses mas como heróis deificados).
Os primeiros baralhos conhecidos parecem ter trazido o número padrão de dez cartas de naipe numeradas, mas com apenas reis como figuras, e dezesseis trunfos. O padrão posterior (de quatro naipes com quatorze mais vinte e duas) levou tempo para se estabelecer; baralhos trionfi com setenta cartas só começaram a ser documentados em 1457. Nenhuma evidência corrobora com o formato final de setenta e oito cartas existente antes do poema dos tarocchi Boiardo e Sola Busca.
As mais antigas cartas de tarô existentes são de três conjuntos dos meados do século XV, todos feitos para membros da família Visconti. O primeiro baralho é conhecido como Tarô Cary-Yale (ou Tarô Visconti-Modrone), que foi criado entre 1442 e 1447 por um pintor anônimo para Fillipo Maria Visconti. As cartas (apenas sessenta e seis), estão hoje na Biblioteca da Universidade de Yale, em New Haven. Mas o mais famoso desses baralhos antigos foi pintado em meados do século XV para celebrar o governo de Milão por Francesco Sforza e sua esposa Bianca Maria Visconti, filha do duque Fillipo Maria. Provavelmente, essas cartas foram pintadas por Bonifacio Bembo, mas algumas das cartas foram pintadas por miniaturistas de outra escola. Das cartas originais, trinta e cinco estão na Morgan Library & Museum, vinte e seis na Accademia Carrara, treze estão na Casa Colleoni e duas, 'O Diabo' e 'A Torre', estão perdidas, ou possivelmente omitidas. Este baralho "Visconti-Sforza", que foi bastante reproduzido, combina os quatro naipes de ouros, espadas, copas e paus e as cartas da corte rei, rainha, cavaleiro e valete com cartas de trunfo que refletem a iconografia da época num grau significativo.
Por muito tempo, as cartas de tarô permaneceram um privilégio das classes altas e, embora alguns sermões do século XIV advertissem para o mal existente nas cartas, a maioria dos governos civis geralmente não condenava as cartas de tarô nos seus primórdios. De fato, em algumas jurisdições, as cartas de tarô eram especialmente isentas das leis que proibiam os jogos de cartas.
Baralhos posteriores: séc. XVI–XX
Como os tarôs antigos eram pintados à mão, estima-se que o número de baralhos produzidos era um tanto pequeno, e foi apenas depois da invenção da imprensa que a produção em massa de cartas se tornou possível.
Durante a fase de produção artesanal das cartas, desenvolveram-se muitas variedades regionais com diferentes sistemas de naipes e também na ordem dos trunfos. Com a expansão do jogo do tarô pela Europa — originalmente um jogo italiano, espalhou-se pelo sul da França, Suíça, Bélgica, sul da Alemanha e pelo então Império Austro-Húngaro — e com a mudança da produção artesanal das cartas para uma produção em grande escala, a produção das cartas passou por um processo de padronização. Assim, antes do século XVIII os fabricantes de cartas italianos já haviam padronizado as figuras representadas nos trunfos — mesmo que elas fossem desenhadas de maneira diferente pelos diferentes fabricantes. Além disso, havia variações regionais nas regras do jogo no que diz respeito à ordem dos trunfos. Até fins do século XVII, o principal centro produtor de cartas era Milão e a partir dessa cidade o jogo expandiu-se para o sul da França e outras regiões. Os tarôs produzidos na França baseavam-se assim no tarô milanês. No fim do século XVII, a indústria de cartas milanesa sofreu um colapso e o tarô vindo do sul da França passou a dominar o mercado de cartas[14].
Vários baralhos sobreviveram desde essa época vindos de várias cidades na França — o mais conhecido deles foi um baralho da cidade de Marselha, e assim denominado Tarô de Marselha). Por volta da mesma época, o termo tarocchi apareceu. Dessa forma o assim chamado tarô de Marselha — por ser produzido nessa cidade — difundiu-se pela Lombardia e influenciou a produção de cartas em outras regiões da Itália e da Europa. Em meados do século XVIII uma versão derivada do tarô de Marselha, o chamado tarô de Besançon, já dominava o mercado de cartas de tarô em todas as parte, exceto nas regiões que hoje formam a Itália e a Bélgica[14].
Os tarôs até então usavam o mesmo sistema de naipes que era na época usado na produção das cartas de baralho comuns — os chamados naipes espanhóis. Em 1470 os fabricantes de cartas franceses desenvolveram o chamado sistema francês, que são os símbolos usados nas cartas de baralho atuais. Esse sistema, mesmo sendo mais simples de imprimir, não se difundiu muito depressa e foi usado primeiramente para os baralhos comuns. Somente por volta de 1750 na Alemanha foram produzidos os primeiros tarôs com naipes franceses e até o pricípio do século XIX já haviam substituído em praticamente toda a Europa os tarôs tradicionais para fins de jogo. Os novos tarôs caracterizam-se por uma maior liberdade na representação dos trunfos: as figuras tradicionais foram substituídos por ilustrações coloridas. Esse tipo de cartas é usado atualmente para o jogo[14].

O jogo de tarô
Um dos usos do baralho de tarô é o jogo de cartas. O jogo de tarô é conhecido sob muitas variações (muitas delas culturais), cujas regras básicas são apresentadas pela primeira vez no manuscrito de Martiano da Tortona antes de 1425[15] (texto traduzido para o inglês). As referências seguintes são de 1637. Na Itália o jogo se tornou menos popular; uma versão, o Tarocco Bolognese: Ottocento conseguiu sobreviver e ainda há outras versões jogadas no Piemonte, mas o número de jogos fora da Itália é bem maior, todos ligados ao nome tarô, na França, e tarock, nos países germânicos e eslavos.
Usa-se um baralho de tarô para jogar. Os assim chamados "baralhos esotéricos" geralmente não são ideais para se jogar, porque, por exemplo, faltam símbolos e indicações nas quinas das cartas. Um baralho típico para se jogar é o francês de formato padrão, o chamado Tarot Nouveau, com naipes franceses iguais aos do baralho comum de cinqüenta e duas cartas. O baralho Tarot Nouveau apresenta trunfos que trazem cenas tradicionais de atividades sociais da França, em níveis crescentes de prosperidade; isso difere do caráter e da ideologia das cartas dos baralhos italianos como o Tarocco Piemontês ou o Tarocco Bolonhês, ou o Tarô Rider-Waite ou o Tarô de Marselha mais conhecidos da cartomancia.
Outros baralhos de tarô (tarot/tarock/tarocco), populares na Itália, Espanha, Suíça e Áustria, usam os naipes latinos de espadas, bastões, taças (copas) e moedas (outros), ou os naipes alemães de corações, sinos, bolotas e folhas. O caratecteres representados nos trunfos são semelhantes aos encontrados nos tarôs italianos; os baralhos alemães são os que menos tipicamente seguem essas caracterizações.
O baralho de tarô de 78 cartas contém:
• 14 cartas cada um dos quatro naipes: 10 cartas numeradas de um (ou ás) a dez, mais as figuras, que no jogo de tarô são quatro: Rei, Dama, Cavaleiro e Valete;
• 21 trunfos, conhecidos no tarô esotérico como arcanos maiores, cuja função no jogo é um naipe permanente de trunfos;
• 1 carta sem número chamada Curinga, ou o Louco dos baralhos esotéricos, conhecido nos jogos de tarô como a Desculpa, chamada assim porque o jogador pode usá-la como "desculpa" para não seguir o naipe regente da vaza — mas às vezes atua como o trunfo mais forte.
Como certas regiões adotaram jogos de tarô que usam um baralho incompleto, os próprios baralhos se tornaram especializados. Um maço "completo" de tarô como o do jeu de tarot contém todas as 78 cartas e pode ser usado para qualquer jogo do gênero; muitos baralhos de tarock austríacos e húngaros e de tarocco italiano, contudo, apresentam um conjunto menor de cartas adequado somente para jogos dessas regiões particulares.
O tarô esotérico
O termo tarô esótérico refere-se ao uso das cartas de tarô como parte integrante do ocultismo moderno, juntamente com a astrologia, a alquimia e a cabala.
História
A primeira grande publicidade acerca do uso divinatório do tarô veio de um ocultista francês chamado Alliette, sob o pseudônimo de "Etteilla" (seu nome ao contrário), que atuou como vidente e cartomante logo depois da Revolução Francesa. Etteilla desenhou o primeiro baralho esotérico, adicionando atributos astrológicos e motivos "egípcios" a várias cartas, elementos alterados do Tarô de Marselha, e incluíndo textos com significados divinatórios escritos nas cartas. Mais tarde Mademoiselle Marie-Anne Le Normand popularizou a divinação durante o reinado de Napoleão I, pela influência que exercia sobre Josefina de Beauharnais, primeira esposa do monarca. Contudo, ela não usava o tarô típico[14].
Desde então as cartas de tarô são associadas ao misticismo e à magia. O tarô não foi amplamente adotado pelos místicos, ocultistas e sociedades secretas até os séculos XVIII e XIX. A tradição começou em 1781, quando Antoine Court de Gébelin , um clérigo protestante suíço, e também maçom, publicou Le Mond Primitif, um estudo especulativo que incluía o simbolismo religioso e seus remanescentes no mundo moderno[16]. De Gébelin primeiro afirmou que o simbolismo do Tarô de Marselha representava os mistérios de Ísis e Thoth. Gébelin também afirmava que o nome "tarot" viria das palavras egípcias tar, significando "rei, real", e ro, "estrada", e que por conseguinte o tarô representaria o "caminho real" para a sabedoria. Dizia o autor que os ciganos, que estavam entre os primeiros a usar o tarô para uso divinatório, eram descendentes dos antigos egípcios (daí a semelhança entre as palavras gypsy e Egypt, em inglês, mas isso na verdade é um estereótipo para qualquer tribo nômade), e introduziram as cartas na Europa. De Gébelin escreveu esse tratado antes de Jean-François Champollion ter decifrado os hieróglifos egípcios, ou de fato ter sido descoberta a Pedra de Roseta, e, mais tarde, os egiptólogos não encontraram nada que corroborasse a etimologia fantasiosa de Gébelin[14]. Apesar disso, a identificação do tarô com o "Livro de Thoth" já estava firmemente estabelecidas na prática ocultista e segue como uma lenda lenda urbana até os dias de hoje.
A concepção de que as cartas são um código místico foi mais profundamente desenvolvido por Eliphas Lévi (1810-1875) e foi difundida para o mundo pela Ordem Hermética da Aurora Dourada. Lévi, e não Etteilla, é considerado por alguns o verdadeiro fundador das modernas escolas de Tarô. Sua publicação Dogme et Rituel de la Houte Magie ("Dogma e Ritual da Alta Magia"), de 1854, introduziu uma interpretação das cartas que as relacionava com a Cabala Hermética. Enquanto aceitava a origem egípcia do tarô proposta por Court de Gébelin, o autor rejeitava as inovações de Etteilla e seu baralho alterado, e por sua vez delineava um sistema que relacionava o tarô, especialmente o Tarô de Marselha, à Cabala Hermética e aos quatro elementos da alquimia[14].
O tarô divinatório era cada vez mais popular no Novo Mundo a partir de 1910, com a publicação do Tarô de Rider-Waite (elaborado e executado por dois membros da Aurora Dourada), que substituía a tradicional simplicidade das cartas numeradas de naipe por cenas simbólicas. Este baralho também obscureceu as alegorias cristãs do Tarô de Marselha e dos baralhos de Eliphas Lévi mudando alguns atributos (por exemplo trazendo "O Hierofante" no lugar de "O Papa", e "A Alta Sacerdotisa" no lugar de "A Papisa"). O Tarô Rider-Waite ainda é muito popular no mundo anglófono.
Desde então, um número enorme de baralhos diferentes tem sido criado — alguns tradicionais, outros vastamente diferentes. O uso divinatório do tarô, ou como um compêndio simbológico, inspirou a criação de inúmeros baralhos oraculares. São baralhos para inspiração ou divinação contendo imagens de anjos, fadas, deuses, forças da natureza etc. Embora obviamente influenciados pelo tarô, eles não seguem sua estrutura tradicional: algumas vezes omitem ou trocam alguns dos naipes, outras vezes alteram significativamente o número e a natureza dos arcanos maiores.
Estrutura
O tarô esotérico é constituido de 78 arcanos e se encontra dividido em dois grandes grupos:
Arcanos maiores
1) Os Arcanos maiores possuem 22 símbolos arquetípicos que revelam os estados latentes das idéias e possibilidades da vida, a saber:
1. O Mago
2. A Sacerdotisa - A Papisa
3. A Imperatriz
4. O Imperador
5. O Hierofante - O Papa
6. Os Enamorados
7. O Carro
8. A Justiça
9. O Eremita
10. A Roda da Fortuna
11. A Força
12. O Enforcado
13. A Morte
14. A Temperança
15. O Diabo
16. A Torre
17. A Estrela
18. A Lua
19. O Sol
20. O Julgamento
21. O Mundo
22. O Louco
Arcanos menores
2) Os Arcanos menores que expressam os resultados e as formas das idéias, contidos no primeiro conjunto, possui 56 arcanos distribuídos por quatro símbolos básicos: o Naipe de Ouros, o Naipe de Espadas, o Naipe de Copas e o Naipe de Paus. Por sua vez, cada naipe, possui dez arcanos numerados e quatro arcanos com figuras da corte medieval (Valete, Cavaleiro, Rainha, Rei).
Naipe de ouros
O naipe de ouros está relacionado ao elemento terra, portanto à vida material, às conquistas financeiras, profissionais e a tudo que, enfim, representa aquilo que pode ser tangível em termos materiais. No naipe de ouros existe a possibilidade de se conseguir conquistar a segurança material com trabalho, disciplina e esforço. O ser humano é ambicioso e a ambição tem relação como o naipe de ouros. Outra característica do naipe de ouros é a dedicação, o esforço, o empenho dedicados aos estudos e ao trabalho.
Naipe de Espadas
O naipe de espadas liga-se ao elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente e do pensamento.
Naipe de Copas
No tarô, o naipe de copas é ligado ao elemento água e ao mundo dos sentimentos, sendo o símbolo da taça relacionado ao coração, como receptáculo das nossas emoções.
Naipe de Paus
O naipe de paus corresponde ao elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado. Representado pelo bastão, está ligado ao fazer e à criatividade.
Método
A leitura do tarô é executada por meio de uma técnica específica, jogos e métodos a serem estudados. Porém, tem-se observado não ser tão simples jogar o tarô, como o imaginário popular o faz crer. Médiuns, escolhidos ou estudiosos devem seguir um longo estudo para uma leitura séria de tarô, cada qual dentro de seu contexto. Num processo mediúnico, o tarô, seria uma ligação espiritual entre o ser e o plano superior como qualquer outro instrumento o faria, tais como, a cristalomancia ou a piromancia. Por outro lado, existem as técnicas de leitura baseadas numa teoria consistente que, neste caso, serve tanto às leituras quanto à busca por autoconhecimento e o desenvolvimento espiritual.

fONTE: WICKIPEDIA

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PRECES E ORAÇÕES UMBANDISTAS




Prece de Cáritas


Deus, nosso Pai, que sois todo poder e bondade, daí força àquele que passa pela provação, daí a luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus!Daí ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai! Daí ao culpado o arrependimento, ao Espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.
Senhor! Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.
Piedade, Senhor, para aqueles que vos não conhecem, esperança para aqueles que sofrem.
Que a vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
Deus! Um raio, uma faísca de vosso amor pode abrasar a terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
Um só coração, um só pensamento, subirá até vós, como um grito de reconhecimento e amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós vos esperamos com os braços abertos, oh! Bondade, oh! Beleza, oh! Perfeição, e queremos de alguma sorte alcançar a vossa misericórdia.
Deus! Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina imagem.

Prece ao São Jorge (Ogum)


Chagas abertas sagrado coração todo amor e bondade, o sangue de meu Senhor Jesus Cristo no meu corpo se derrame hoje e sempre.
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem a meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua divina graça , a Virgem Maria de Nazaré me com seu sagrado manto protegendo-me em todas as minhas dores e aflições.
E Deus com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos, e o Glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré, em nome da falange do Divino Espírito Santo, estenda-me seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com sua força e com grande poder; dos inimigos carnais e espirituais e de todas as suas más influências, e que debaixo das patas do seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a Vós, sem se atreverem a ter um olhar sequer que possa me prejudicar. Assim seja com o poder de Deus e de Jesus, e da Falange do Divino Espírito Santo. Amém.

Oração das sete linhas da umbanda

Oxalá, vós que refletis o princípio criador, vós que sois o verbo solar a ciência do verbo sublime, vós que fazeis a supervisão de todos os Orixás na terra, vós que sois a luz do Senhor Deus, abençoai-nos.
Iemanjá, vós que refletis em vossas cristalinas águas toda a verdade do mundo do poderio de teu reino, rogai por nós.
Onibeijada, vós que refletis o princípio de ação da humanidade e do mundo da forma, vós que sois potência divina, rogai por nós.
Xangô, vós que dirigis a Lei das Causas e Efeitos, vós que sois o Senhor das Almas, intercedei por nós.
Ogum, vós que sois o Senhor das batalhas, vós que sois o mediador que controla o amor e os choques. Vós que atendeis nas defesas nas lutas de demanda, rogai por nós.
Oxossi, dono das matas, que caçais almas perdidas, rogai por nós.
Pretos Velhos, vós que sois os maiores compreendedores da magia e do fundamento, livrai-nos do mal.
A todos vós Orixás que são todo o princípio da regência do Universo, rogamos que todos vós derramem sobre nós o conforto de suas vibrações.
Esta é a última oração, para nada mais voltar a acontecer.

Nossa Senhora da Aparecida (Mamãe Oxum)

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus, Rainha dos anjos, advogada dos pecadores, refúgio e consolação dos aflitos e atribulados, ó virgem santíssima, cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades em que nos achamos lembrai-vos clementíssima Mãe Aparecida, que não consta de todos os que tem a vós recorrido, invocado o vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós algum abandonado. Animado com esta confiança a vós recorro, tomo-vos de hoje para sempre por minha mãe, minha protetora, minha consolação e guia.
Minha esperança e minha luz na hora da morte. Assim pois Senhora livrai-me de tudo o que posso oferecer-vos e a vosso santíssimo filho, meu redentor e meu Senhor Jesus Cristo.
Virgem bendita, preservai a esse vosso indigno servo a esta casa e seus habitantes da peste, fome, guerra, assaltos, ruas, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar.
Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negócios espirituais e temporais, livrai-nos das tentações do demônio, para que trilhando o caminho da virtude pelos merecimentos de vossa puríssima virgindade e do preciosíssimo sangue de vosso filho, vos possamos ver, amar e gozar na eterna glória. Por todos os séculos.

Oração para afastar inimigo ou pessoa desafeta

Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo.
Glória ao Altíssimo, Senhor Deus, criador do céu e da terra, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Seja vossa glória confirmada eternamente, Senhor Deus dos Exércitos, vencedor de Faraó, que derrotastes os inimigos, no deserto, nas montanhas, nos mares, debaixo da terra, nos ares. Louvado seja o vosso nome. Para sempre seja louvado.
Em nome do Pai + do Filho + do Espírito Santo.
Senhor Deus, que vos dignastes, em benefício dos pescadores, descer à terra, encarnando-vos no seio da Virgem Maria, ouvi a minha prece. Falo-vos sem ódio ao meu irmão que me persegue. Falo-vos sem rancor e sem desejo de que aconteça algum mal ao meu irmão, que me deixa em paz.
Senhor, pelo sangue que derramastes na cruz, pelos cravos que feriram vossas mãos e vossos pés, pela coroa de espinhos, pelo suor de sangue que derramastes, pelas vossas lágrimas de sangue, iluminai o espírito de meu irmão, infundi-lhe caridade e fazei com que ele se esqueça de mim, se afaste de mim, não continue a pecar.
Dissestes, Senhor, que todo aquele que ira contra seu irmão será punido. Fazei, Senhor, que (nome da pessoa), não se ire contra mim e não acumule pecado sobre pecado. Esquecendo-me, afastando-se de mim, poderei ter menos motivos de pecar e assim ofender--vos.
Senhor Deus, que vossa paz desça sobre todos os corações. Glória a Deus, nas alturas, e paz, na terra, aos homens de boa vontade – assim cantavam os Anjos, na noite de vosso glorioso nascimento.
Amém.

Oração para uma pessoa ausente


Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo.
Senhor Deus, meu Pai, Vós que sois bondade e misericórdia infinita, ouvi a minha prece.
Jesus Cristo, Deus e Homem, salvador dos homens, que padecestes o suplício do Calvário para a salvação da humanidade, acolhei o meu pedido e aceitai o meu propósito de emendar-me de meus pecados.
Maria Santíssima, Virgem Mãe de Deus, nossa advogada, nosso auxílio, lançai vossos olhos misericordiosos sobre (nome da pessoa).
Santo Anjo da Guarda de (nome da pessoa), estendei vossas asas sobre ele. Sede seu companheiro guia e inspirador, fazendo-o evitar os perigos, aconselhando-o nos momentos de indecisão, amparando-o nos momentos difíceis, afastando de (nome da pessoa) as pessoas que lhe possam ser prejudiciais.
Santo Anjo da Guarda de (nome da pessoa), vós que recebestes do Altíssimo a dedicada missão de ampara-lo, de guiá-lo, de protegê-lo nesta existência terrena, ouvi o meu apelo, que vos dirijo cheio de fé em nosso poder e em vossa bondade. Pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. Cordeiro de Deus, que apagais os pecados do mundo, dai-nos a paz.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo.

Oração de encerramento

Bom jesus crucificado filho da virgem maria me guarde por está noite e amanhã por todos os dias .nem meu corpo será prezo ,nem meu sangue derramado nem minha alma será perdida bom jesus crucificado , paz na guia encomenda meu deus e a virgem maria ,as tres pessoas da santissima trindade .as doze chaves de são miguel que tranque meu corpo para que seja trancado ,as cinco chagas de nosso senhor jesus cristo que conforte meu corpo para que seje confortado .
Em nome do pai ,do filho e do espirito santo amem.

Salve os orixás de umbanda

Salve o grande pai ,poder supremo e criador do iniverso ,essencia vida do amor pela humanidade ,poder do sacrificio sublime do homem pelo homem!
Salve iemanjár , poder das aguas !
Salve ogum ,poder do bem pelo o mal !
Salve xangô, poder da justiça!
Salve povo do oriente, poder da sabedoria!
Salve oxosse, poder das matas!
Salve povo de congo, poder do amor!
Salve as sete forças astrais, as sete linhas de umbanda, e as sete forças menores!
Salve todos as forças!
Salve todos os caboclos e pretos velhos!
Salve todos as falanges!
Salve !!!
Em mone do pai, filho e espirito santo amem.

Consagração dos filhos a nossa senhora

Ó boa mãe três vezes admirável,tu que és a mãe do filho de deus e que adotasse a nós como filho de deus e compreendes muito bem guão sublime, grandiosa e bela é a missão que nos foi confiada como pais de familia.
Nas nossas mãos, deus colocou o futuro da igreja e da sociedade.
A nós, deu o poder de coloborar com ele na criação, educação e formação dos homens de amanhã.
Ciente da nossa responsabilidade e conhecendo a realidade da vida,sentimo- nos incapaz de por nós proprios realizar a grande missão que nós foi confiada.
Por isso, mãe, cheios de confiança, ajoelhamo-nos diante de ti para te confiar a consagrar nossos filhos. Tu bem sabes a quantos perigos eles estão exposto e como o mundo e o demônio os perseguem querendo destruir neles a dignidade de filhos de deus e lanças- los na lama do pecado!
Mãe, suplicamo-te humildemente:
Vem em auxilio dos nossos filhos e revela neles a tua admiravel arte de educar. Acolhe-os no teu bondoso coração assiste-os e ampara- os em todos as dificuldades, sobretanto nos horas de tentação. Conserva-os puros e ensina-lhes a lutar sempre pelo bem.
Estende-lhes tua mão e guia-os para deus. Afasta-os das más companhias e livra-os de todo mal. Guarda neles a graça santificante que receberam no batismo e não permitas que venham a ofeder a deus pelo pecado grave.
Queria mãe, zela por nossos lares e por nossos filhos cuida que jamais nos falte o pão material e o alimento espiritual faz crescer em todos nós a fé, a esperança e a caridade suscita entre nós costumes cristãs de oração, pratica de boas obras e espirito de sacrificio. Ajuda-nos a ter sempre atitudes cristãs de caridade fraterma, perdão mútuo e solidariedade.
Sê tu a mãe e educadora dos nossos filhos. Que eles vivam realmente como filhos de deus. Encaminha- os na vocação que o pai celeste previu para eles desde a eternidade. Guia-os pela vida e acompanha-os na hora da morte.
Ajuda-nos, mãe, para que nós, pais, sejamos para nossos filhos verdadeiras imagens de deus, a fim, de que eles encontrem em nós todo o apoio, amo

Prece para abertura das sessas

Ó deus de amor e misericórdia, dai aos médiuns a compreensão perfeita da santidade da missão que lhes foi confiada e da responsabilidade que lhes cabe no desempenho dessas funções.
Deus, nosso pai, permiti que sintamos fortemente a influência invisível e salutar dos nossos anjos da guarda, a fim de que possamos mais facilmente eliminar dos nossos corações e dos nossos pensamentos os sentimentos de ódio, de inveja, de orgulho, de vaidade, de egoísmo e de todas as outras imperfeições de que se acham imbuídos os nossos espíritos, a fim de que possamos subir até vós.
Bons espíritos, que pela misericórdia de deus permaneceis junto a nós, para nosso consolo; dai-nos um grande amor pelas virtudes. Inspirai-nos tudo que é bom! Afastai de nós os espíritos trevosos e maleficentes, a fim de trilharmos com maior desembaraço o caminho sinuoso e cheio de tropeços que é a nossa vida eterna.
Virgem maria santíssima, rogai a deus por todos nós e pelos irmãos desencarnados que ainda se acham na ignorância, nas trevas e no sofrimento. Jesus, bom e amado mestre, permiti que as falanges organizadas que trabalham na prática do bem possam nos dispensar bastante proteção, para que nossos trabalhos sejam coroados de êxito.
Bendito e louvado seja deus, o divino espírito santo e nosso senhor jesus cristo! Salve são jerônimo, salve são miguel, são gabriel e são rafael! Em nome de deus pai todo-poderoso, de nossos anjos de guarda e do nosso guia-chefe…, estão abertos os nossos trabalhos.

Prece de encerramento das sessões


Ó deus de amor e misericórdia, dai aos médiuns a compreensão perfeita da santidade da missão que lhes foi confiada e da responsabilidade que lhes cabe no desempenho dessas funções.
Deus, nosso pai, permiti que sintamos fortemente a influência invisível e salutar dos nossos anjos da guarda, a fim de que possamos mais facilmente eliminar dos nossos corações e dos nossos pensamentos os sentimentos de ódio, de inveja, de orgulho, de vaidade, de egoísmo e de todas as outras imperfeições de que se acham imbuídos os nossos espíritos, a fim de que possamos subir até vós.
Bons espíritos, que pela misericórdia de deus permaneceis junto a nós, para nosso consolo; dai-nos um grande amor pelas virtudes. Inspirai-nos tudo que é bom! Afastai de nós os espíritos trevosos e maleficentes, a fim de trilharmos com maior desembaraço o caminho sinuoso e cheio de tropeços que é a nossa vida eterna.
Virgem maria santíssima, rogai a deus por todos nós e pelos irmãos desencarnados que ainda se acham na ignorância, nas trevas e no sofrimento. Jesus, bom e amado mestre, permiti que as falanges organizadas que trabalham na prática do bem possam nos dispensar bastante proteção, para que nossos trabalhos sejam coroados de êxito.
Bendito e louvado seja deus, o divino espírito santo e nosso senhor jesus cristo! Salve são jerônimo, salve são miguel, são gabriel e são rafael! Em nome de deus pai todo-poderoso, de nossos anjos de guarda e do nosso guia-chefe…, estão abertos os nossos trabalhos.

Preces para os anjos de guarda

Espíritos amantíssimos, anjos guardiões, aos quais deus em sua misericórdia infinita, permite velar pela pobre humanidade, sede meus protetores nas provas da vida eterna.
Dai-me força, coragem, resignação; inspirai-me fé, caridade, amor e tudo o que é bem; detendo-me no declive do mal.
Consenti que a doce influência do vosso saber e das vossas virtudes penetre em minha alma, alente e esclareça o meu ser; fazei com que eu possa sentir em cada um de vós um amigo desvelado e caridoso que, a meu lado, compreenda os meus sofrimentos e participe das minhas alegrias.
E vós …, que considero meu particular protetor, inspirai-me a fé que salva, o amor que consola, a caridade que vivifica, para que eu possa suportar, com paciência e reconhecimento, as provas que aprouver a deus, enviar-me, e, por elas, saber descortinar o meu passado e esforçar-me por conquistar um melhor futuro.

(fonte: "preces espíritas")

"entre eu e os perigos
Estão as santíssimas chagas de nosso senhor jesus cristo!
Anjo da guarda a quem fui confiado (a)
Governai-me, guia-me, defendei-me, livrai-me
De todos os males e perigos. Amém!"

Preces aos médiuns

Deus todo-poderoso, permiti que, nas comunicações que solicito, eu seja assistido por bons espíritos. Preservai-me da presunção de me julgar isento da influência dos maus espíritos; do orgulho ou vaidade que me cegaria, iludindo-se quanto ao valor das comunicações que obtenha;
De todo e qualquer sentimento contrário ao espírito de caridade para com todos o meus irmãos e especialmente para com os outros médiuns

. Se eu for induzido ao erro, inspirai a outrem o pensamento de me avisar, e a mim a humildade para aceitar com reconhecimento a advertência e tomar para mim mesmo os conselhos e instruções que me ditarem os vossos bons espíritos.
Permiti que eu nunca seja levado a abusar ou, de qualquer modo, a envaidecer-me com a faculdade que, para meu benefício, fizeste a graça de me concede; antes, eu vo-lo peço, meu pai, me retireis do que consistais que seja desviada do seu fim providencial, que é o bem de todos e o meu próprio adiantamento moral.

Preces a ogum


Pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece e que sejam ouvidas. Que esta prece corra mundos e universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para suas dores, que corra os quatro cantos da terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos em forma de brado e advertência de um filho de ogum que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino.
Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que as minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho.
Gum, senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, e que eu seja sempre um fiel caminheiro e seguidor dos teus exércitos, e que nas minhas caminhadas só hajam vitórias. E mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós os vossos filhos não conhecemos derrotas, porque sendo o senhor o deus da guerra, nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo. Mas tendo o senhor como meu pai, minha vitória será certa.
Ogum, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que no meu jardim só hajam flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédio para seus males.
Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, que cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a ordem dos cavaleiros de ogum. Pai, dai luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem é porque vivem nas trevas e, na realidade, só perseguem a luz que vós me destes.
Senhor, me livre das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só me leva à destruição.
E que todos aqueles que ouvirem esta prece e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.
Assim seja meu pai ogum.

Prece a xangô

Poderoso orixá de umbanda,
Pai, companheiro e guia.
Senhor do equilíbrio e da justiça.
Auxiliar da lei do carma,
Só tu tens o direito de acompanhar pela eternidade,
Todas as causas, todas as defesas, acusações e eleições,
Promanadas das ações desordenadas, ou dos atos impuros e benfazejos que praticamos.
Senhor de todos os maciços e cordilheiras,
Símbolo e sede da tua atuação planetária no físico e astral.
Soberano senhor do equilíbrio, da eqüidade,
Velai pela inteireza do nosso caráter.
Ajude-nos com sua prudência.
Defenda-nos das nossas perversões,
Ingratidões, antipatias, falsidades,
Incontenção da palavra e julgamento indevido dos atos
Dos nossos irmãos em humanidade
Só tu és o grande julgador.

Prece a yansã

Iansã, mãe e senhora dos ventos e tempestades,
Das horas aflitas e das almas perdidas.
Dona de todas as direções
Operosa divinidade em prol dos desígnios
Dos filhos decaídos sem norte e vontade.
Piedade para nós, criaturas que vivemos,
Á beira das tentações, dos abismos,
Alheios ao amor do pai olorum.
Mãe, empresta-nos tua decisão e tua coragem.
Para o encontro do nosso próprio ser.
Dai-nos um roteiro de esperança e triunfo.
Erradicai a pobreza dos nossos sentimentos.
Orientai-nos para a verdade,
Dentro do caminho de devoção ao supremo doador.
Encoraja-nos senhora dos raios,
Para que nossa própria mente,
Siga uma só direção:
Amar a olorum

Pai nosso de umbanda

Pai nosso que estais nos céus, nas matas, nos mares,
E em todos os mundos
Habitados.
Santificado seja o teu nome, pelos teus filhos, pela
Natureza, pelas águas
Pela luz e pelo ar que respiramos.
Que o teu reino, reino do bem, do amor, e da fraternidade,
Nos una a todos e
A tudo que criastes, em nome de oxalá na representação
De cristo jesus
Que a tua vontade nos conduza sempre para o culto do
Amor , da caridade e da justiça em nome de xangô .
Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos
E úteis aos
Nossos semelhantes, sendo assim forjados no fogo renovador
E na luta sagrada da transformação em nome de ogum
Dai-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas e a água
Das fontes para o
Nosso sustento material e espiritual em nome de oxossi,oxum
E yemanjá
Perdoa, se merecermos, as nossas faltas e dá o sublime
Sentimento da humildade e do perdão
Para os que nos são devedores de alguma forma em nome
De yorimá.
Não nos deixeis sucumbir, ante a luta, dissabores, ingratidões,
Tentações
Dos maus espíritos, e ilusões pecaminosas da matéria,
Fazendo-nos alcançar a alegria através da resignação
E do conhecimento em nome de yori
Enviai pai, um raio de tua divina complacência, luz e
Misericórdia para todos nós ,os
Teus filhos devedores e imperfeitos que aqui habitam,
Pelo bem da humanidade em nome da sagrada umbanda.
Salve zambi
Saravá umbanda e seus orixás
Assim seja!

Credo umbandista


Creio em olorun, onipotente e supremo
Creio nos orixás e nos espiritos divinos
Que nos trouxeram para a vida
Por vontade deste majestoso pai
Creio nas falanges espirituais
Orientando os homens na vida terrena
Creio na lei da reencarnação
E na justiça divina, seguindo a lei do carma
Creio na comunicação dos guias espirituais
Encaminhando-nos para a caridade e a prática do bem
Creio na invocação, na prece e na oferenda
Como atos de fé
E creio na umbanda, como religião redentora
Capaz de nos levar pelo caminho da evolução
Até o nosso glorioso pai olorun
Glória à olorun, glória à oxalá, glória aos orixás
E as entidades trabalhadoras da seara umbandista.

Oração para abertura dos trabalhos


Salve as forças de deus pai todo poderoso,salve todos os nossos guias e orixás,que a força divina de deus e dos guias que nos acompanham , nos ilumine neste momento em que nos entregamos aos trabalhos espirituais desta noite,que as forças das falanges que nos acompanham,eliminem desse ambiente,de nossos corpos materiais e de nosso pensamento,todo sentimento de odio de inveja ou de rancor que por ventira se encontre diante de nos,que nosso pai oxala nos envie sua luz para dissipar todas as trevas que existirem diante de nos,que em nosso coração seja posto o sentimento de amor ao próximo,a caridade e a união entre todos os que frequentam este lugar sagrado.
Em nome das sete forças astrais que regem a umbanda invocamos a presença de nossos guias e orixás .
Salves os caboclos.
Salve os baianos
Salve os boiadeiros
Salve as crianças
Salve os pretos velhos
Salve os marinheiros
Salve os cumpadres e todo povo de ronda
Com a força divina de nosso pai oxalá eu abro os trabalhos desta noite
Que assim seja.

Oração a ogum...

Ogum ogunhê, salve nosso grande guerreiro
Se poder é tão grande que não ouso a levantar os olhos, mas tão terno ao mesmo tempo, trazendo sua ternura e a paz desejada.
Se és a verdade que procuro, a força que desejo, uma legião que representas na unidade do teu poder, tudo isso e muito mais.
Deixa-me que hoje tanto quanto nunca, ser mais unido a ti em tua legião de perfeições, deixa-me que também ingresse lutando lado a lado como soldado defensor de tuas teses. Dai-me o poder do verbo, intui-me transmitindo-me a tua filosofia de vida, para que nessa vida tão terrena possa preparar-me e preparar quem a mim desejar seguir.
És legionário que em teu cavalo veloz passas por entre nuvens do saber num alado ginete vindo até nós com seu símbolo; o símbolo da força e com ele teu escudo inatingível.
Ogum grande guerreiro, faz de mim seu escudeiro, deixa-me contigo e por ti lutar.
Ogum grande orixá, saúde para os doentes, paz para os atormentados, fé para os incrédulos e que eles tenham um momento de reflexão. Que eles possam alcançar sua vibração. Dê-lhe coragem para lutar contigo e possam ser vitoriosos, trazendo sua bandeira da paz.
Salve sua grande vibração.
Sua proteção,
Ogunhê

DICIONÁRIO YORUBÁ – PORTUGUÊS


A
ABADÁ – Veste branca ou de cor de mangas largas, usada pelo Yorubás.
ABADÔ – Parte da vestimenta da Orixá Oxum
ABALÔ – Nome dado a Oxum quando brinca com o leque.
ABARÁ – Bolo feito com massa de feijão-fradinho, cebola, camarão-seco, sal, enrolado com folhas de bananeira e cozido no vapor de água quente.
ABASSÁ – Terreiro de Candomblé que segue os preceitos da nação Angola.
ABATÁ – Sapato ou qualquer tipo de calçado.
ABÊ – Tida como irmã gêmea de Badé, vodum feminino cultuado no Maranhão.
ABEBÊ – Leques de Oxum e Yemanjá, sendo o de Oxum metal dourado e o de Yemanjá metal prateado.
ABIAN – Nome dado ao iniciado no Culto dos Orixás que ainda não recebeu qualquer tipo de obrigação.
ABICUN – Uma criança que morre logo após o parto para atormentar os pais, nascendo e renascendo indeterminadamente.
ABIODUN – Título de um dos Obás de Xangô.
ABÔ – Banho de ervas sagradas dos Orixás.
ABOMI – Um dos nomes atribuídos a Oxum e a Xangô, em cultos ligados a água. Abomi quer dizer ao Orixá: aceite água.
ACAÇÁ – Comida ou alimento dos Orixás. Bolo feito com massa de farinha de milho branco ou arroz, cozido em água, sem sal e envolto em folhas de bananeira. É comida votiva do Oxalá, mas pode ser ofertada a qualquer outro orixá.
ACARAJÉ – Bolo feito com massa do feijão fradinho, cebola, camarão seco, sal, e frito no azeite de dendê.
ADARRUM – Toque do Orixá Ogum.
ADARRUN – Toque rápido e contínuo dos atabaques para chamar os Orixás nas cabeças dos filhos de santo; para forçar os deuses a descer.
ADÉ - Homem com trejeitos femininos, homem afeminado.
ADIÊ – Galinha preparada para sacrifício aos Orixás.
ADJÁ – Pequeno sino cerimonial. Campânula de metal com duas ou mais bocas tocadas pelo pai ou mãe-de-santo, nas cerimônias rituais a fim de facilitar o transe dos filhos de santo.
ADOBALÉ – Nome dado ao ato de deitar-se no chão para ser abençoado pelo Orixá.
ADOCHU – Nome atribuído aos iniciados no culto dos Orixás, e também nome de um pequeno cone feito com ervas e outros axés.
ADUN – Comida de Oxum feita com milho torrado e moído, com um pouco de azeite de dendê e mel de abelhas.
ADUPÊ – Bode.
AFOMAN – Um dos nomes do Orixá Omulu, em Candomblés baianos. Deriva de Afomó: contagioso, infeccioso.
AFOXÉ – Ritual de cunho folclórico, muito difundido na Bahia.
AGANJU – Umas das qualidades de Xangô no Brasil. Em Yorubá significa deserto.
AGÉ – Pessoa que não entende o Ritual.
AGODÔ – Umas das qualidades de Xangô no Brasil.
AGOGÔ – Instrumento de percussão feito de sinos que marcam o toque dos orixás.
ÁGUAS DE OXALÁ – Cerimônia de purificação do terreiro. Esta Cerimônia marca o início do ciclo de festas litúrgicas nos Candomblés de origem Yorubá e Jeje no Brasil.
AGUÉ – Nome de um vodum Jeje, que corresponde ao orixá Ossain.
AGUERÊ – Dança de Iansã.
AGUERÉ – Toque cadenciado com 2 variações: uma para Oyá, outro para Oxóssi. É conhecido como “quebra-pratos”.
AGUIDAVIA – Varetas de cipó, goiabeira, marmelo ou ipê utilizadas para tocar atabaque.
AIÊ – A terra, o solo, sob o domínio de Obaluaiê.
AIRÁ – Xangô velho – Uma das qualidades de Xangô.
AIUKÁ – Fundo do mar, para o povo Banto.
AJAPÁ – Cágado, tartaruga. O animal sagrado de Xangô.
AJÉ – Feiticeira
AKÃ – Faixa usada para amarrar no peito dos médiuns incorporados.
AKEPALÔ – Sacerdote.
AKESSAN – Um dos nomes do Orixá Exú.
AKIKÓ – Galo
AKIRIJGEBÓ – Freqüentador do Candomblé.
AKOKEM – Galinha D’angola.
AKUKÓ – O mesmo que Akikó - Galo.
ALÁ- Deus para os daomeanos da nação Jeje.
ALABÉÊ – Tocador de tambores líder no terreiro. Aquele que canta pontos de Candomblé.
ALAFIM – Uma das qualidades de Xangô.
ALAKETO – Nação do povo Iorubá-Nagô.
ALFANGE – Objeto semelhante a uma espada.
ALIBÃ – Polícia.
ALOJÁ – A dança do ritual de Xangô.
ALOYÁ – Senhora Oyá. O mesmo que Iansã ou filho de Oyá.
ALUÁ – Bebida feita com farinha de milho ou de arroz, fermentada em água com cascas de frutas, gengibre e um pouco açúcar. É servida nos terreiros de Candomblé, principalmente aos caboclos.
ALUAIÊ – Nação Jeje – Angola
ALUBOSA – Cebola
ALUFAM – O mesmo que olufóm, Senhor da cidade de Ifóm, a que mais cultua Oxalá.
ALUJÁ – Batida de tambor especial para Xangô.
AMALÁ – Faz parte da culinária sagrada de Xangô. Comida feita com quiabos.
AMOBIRIM – Mulher que não casou , mulher solteira.
ANA – O mesmo que ontem.
ANAMBURUKÊ – Um dos nomes de Nanã Burukê, a mais velha de todos os Orixás.
ANGOLA – Região do sudoeste da África, de onde vieram negros escravos para o Brasil, trazendo vários dialetos de origem Bantu como Kimbundo, Embundo, Kibuko e Kikongo.
ANGORÔ – Na nação angola, significa qualidade de Oxumarê.
AÔBOBOI – Saudação do Orixá Oxumarê.
APAOKÁ – Orixá da jaqueira, por ser muito cultuado nela.
APARÁ – Uma das qualidades da Orixá Oxum, quando se apresenta carregando uma espada.
ARÉ – Culto ao orixá Ogum na Nigéria.
ARÊ – Ruas e Encruzilhadas.
ARESSA – Um dos 12 ministros de Xangô.
ARIAXÉ – Banho ritual com folhas sagradas para os iniciados. Ariaxé também é o nome do local onde são feitos estes banhos.
ARIDÃ – Fruto do qual se origina o Obi.
ARROBOBÔ – Uma das saudações do Orixá Oxumarê.
ARUQUERÊ – Objeto de metal usado por Oxóssi.
ASSENTAR – Consagrar objetos lançando mão de apetrechos e rituais, a fim de oferecê-los ao Orixá que se quer.
ATABAQUES – São três tambores de tamanho pequeno, médio e grande, que marcam o ritmo e a cadência dos cânticos. O maior se chama RUM, o médio RUMPI e o pequeno LÉ.
ATARÉ – Pimenta da Costa.
ATIM – Pó de pemba.
ATOTÔ – Expressão muito utilizada no Brasil para saudar o Orixá Omulu / Obaluaiê.
AXÉ – Força vital que dá vida a todas as coisas, presente especialmente em objetos ou seres sagrados, também nome de objeto sagrado. Expressão utilizada para passar força espiritual, podendo ser ainda, o mesmo que amém, assim seja.
AXEXÊ – Ritual fúnebre para libertar o espírito da matéria.
AXÓ – Roupas dos filhos de santo.
AXOÔGUN – Espécie de Ogan que tem como função sacrificar animais para os Orixás. Ele tem conhecimentos a respeito d e todos os sacrifícios, rituais, rezas, cantigas e maneiras de agradar os Orixás.
AXOQUÊ – Um dos nome de Yemanjá no Candomblé de origem Bantu.
AXOXÔ – Comida feita com milho vermelho cozido, enfeitado com fatias de coco. Comida dada aos Orixás Ogum e Oxóssi.
AYÊ – Tem dois sentidos, podendo significar terra ou vida.
AZANODÔ – Espécie de vodun muito cultuado na casa de minas, no maranhão.
AZÊ – Capuz de palha da costa usado por Omulu ou Obá.

B
BABA – Pai
BABÁ – Expressão usada para saudar Oxalá
BABALAÔ – O sacerdote do culto de Ifá. Quer dizer: aquele que tem o segredo. Diz-se da pessoa que pode ver através do jogo de Opelê-Ifá (jogo de búzios).
BABALORIXÁ – Sacerdote líder. Só pode chegar a essa posição depois de sete anos de ter sido feito no santo. O mesmo que pai de santo.
BABALOSANYIN – Pessoa (com preparo especial)encarregada de colher as ervas sagradas dos Orixás.
BABA KEKERÊ – O mesmo que Pai Pequeno.
BACO – Ato sexual.
BALÊ – Cemitério, casa dos Eguns.
BALUÉ – Banheiro, local de banho.
BARÁ – Nome do Exú que protege o corpo.
BARCO – Nome dado ao grupo de filhas e filhos de santo iniciados ao mesmo tempo.
BARRACÃO – Onde as cerimônias tomam lugar.
BARRAVENTO – Gíria que define o desequilíbrio momentâneo que os filhos de santo sofrem antes da incorporação.
BARU – Nome dado ao Xangô violento, ligado ao fogo e, às vezes a Ogum.
BATETÉ – Comida dos Orixás.
BOBÓ – Comida dos Orixás.
BORI – Sacrifício animal, cerimônia, primeiro estágio da iniciação.
BRAVUN – Toque dos atabaques, sonorizados de forma a chamar diversos Orixás. É também a dança de Oxumarê.

C
CABAÇA – Fruto do cabaceiro utilizado em diversas formas, e em diversos rituais.
CAÇUTE – Na Bahia, caçute é uma espécie de Oxalá.
CALIFÃ – Prato ritualístico com 4 búzios, onde se pede a confirmação aos Orixás em certos rituais.
CALUNGA – Termo que designa uma espécie de entidade da linha de Iemanjá. Pode ainda significar Cemitério (Calunga Pequena) e mar (Calunga Grande).
CAMARAN-GUANGE – Na nação Angola, é uma espécie de Xangô.
CAMBONA(O) – Auxiliar sagrado dos rituais de Umbanda.
CAMUTUÊ – Cabeça dos filhos de santo.
CANDOMBLÉ – Nome que define os cultos afro-brasileiros de origem Jeje, Yorubá ou Bantu.
CAÔ – Saudação a Xangô.
CAPANGA – Uma espécie de bolsa que os Orixás usam para carregar seus apetrechos.
CARREGO – Pode vir a ser um despacho, uma obrigação ou qualquer tipo de carga negativa.
CARURU – Comida de Ibêji, feita com quiabos, frango, sal e azeite de dendê. Também pode ser um tipo de erva comestível, de paladar semelhante ao espinafre.
CATENDÊ – Para o povo de Angola, é uma espécie de Ossain.
CAVARIS – Conchas da África, búzios, instrumento pelo qual se faz as consultas a Ifá.
CAVIUNGO – Inkice correspondente ao Omulu dos Yorubás.
CAVUNJE – Moleque.
CAXIXI – Instrumento utilizado nos cultos para acompanhar os cânticos. É feito com vime trançado, e tem em seu interior algumas sementes.
CINCAM – O mesmo que “não”.
COITÉ – Fruto que partido ao meio, serve como recipiente para servir bebidas aos orixás e participantes do culto.
COLOBÔ – Exú.
COLOFÉ – Abenção.
CONCINCAM – O mesmo que “sim”.
CONGO – Subdivisão do Angola-Congo. Congo é a nação do povo Banto.
CURIMBA – Os cânticos realizados da Umbanda.

D
DÃ – O mesmo que Oxumarê.
DAGÃ – Filha de santo antiga na casa, encarregada de tratar dos exús.
DAMATÁ – O mesmo que Ofá.
DANDÁ – Tipo de raiz, utilizada nos cultos aos Orixás por suas diversas utilidades. é mais conhecida como dandá da costa.
DANDELUANDA – Yemanjá na cultura Bantu.
DAOMÉ – O mesmo que DAHOMEY, antigo nome da atual República de Benin, na África.
DECIÇA – Esteira de tapume.
DELONGÁ – Prato
DELONGA – Vasilha de beber. Caneca.
DESPACHO – Algum ebó que se oferece aos Orixás em troca de conseguir o que se quer. O despacho é feito fora do terreiro e geralmente envolve queima de pólvoras e holocaustos.
DIA DE DAR O NOME – É o dia da festa de Orukó, realizada após a iniação de um Yaô, quando o Orixá diz seu nome em público.
DJINA – Nome dado aos iniciados nos cultos de origem Bantu e que fará conhecido pela comunidade. Como o nome não deve ser pronunciado em vão, chama-se o nome pela Djina.
DOBALÉ – Pode ser saudação entre orixá femininos ou o ato de bater a cabeça.
DOFONO(A) - Primeiro(a) filho(a) de santo no "barco das iaôs".
DEBURÚ – Pipocas.
DOUM – Segundo a lenda Yorubá era o nome de Exú quando criança, por ter uma forte semelhança com os Ibejis (crianças).
DUDÚ – De cor preta, em Yorubá.
DZACUTA – Aquele que atira pedras. É também uma das qualidades de Xangô no Brasil.

E
EBÁ – Despacho feito a Exú.
EBÓ – Toda e qualquer comida ritualística oferecida aos orixás, independentemente se é para agradar o Orixá ou para servir como despacho, por exemplo.
EBÔMI – Estágio atingido pelo iaô depois de sete anos de aprendizado.
EBÔMIN – Filha de santo que cumpriu a iniciação.
ECHÉ – Oferenda feita com as vísceras dos animais consagrados a seus respectivos Orixás.
EDAM – A cobra de Oxumarê.
EDÉ – Cidade da Nigéria que cultua Eguns.
EDI – Ânus.
EDU – Carvão.
EFÓ – Comida de Ogum feita com caruru e ervas.
ÉFUM – Desenhos feitos com giz no corpo dos iniciados.
EFUM – Farinha de mandioca.
EGÊ – Sangue de animais, o mesmo que “xôxô”.
EGUNGUM – Osso. Refere-se também aos espíritos dos antepassados.
EGUNITÁ – Qualidade de Iansã.
EGUN – Alma, espírito desencarnado.
EIRU – Mocotó ou rabada cerimonial.
EJÁ – Peixe.
EKÊ – Fingimento, mentira.
EKEDE, EKEDI – O mesmo que Cambona(o).
EKÓ – Espécie de acaçá ofertado a todos os orixás e, principalmente a Eguns.
EKU – Morte.
ELEDÁ – Senhor dos vivos. Entidade que governa o corpo material. Um dos títulos de Olorum, pode ser também o primeiro Orixá da cabeça de uma pessoa.
ELEDÊ – Porco.
ELEGBÁ – Vodun cultuado na nação Yorubá, correspondente a Exú.
ELEGBARÁA – Um dos títulos de Exú, que quer dizer Senhor da Força.
ELUÔ – Adivinhador.
EPA-BABÁ – Saudação a Oxalá-Guiã.
EPARREI – Saudação a Iansã.
EPÔ – Azeite de dendê.
EPOJUMA – Azeite doce.
EPONDÁ – Uma das qualidades da Oxum.
ERAM – Carne.
ERÊ – Espírito infantil que incorpora depois dos Orixás, a fim de transmitir recados aos iaôs. Quando se recolhe passa-se uma semana incorporada por um erê.
ERILÉ – Pombo.
ERUEXIM – Rabo de cavalo. É também um objeto de metal atribuído a Iansã. Este rabo de cavalo é usado por Iansã para afastar as almas dos eguns. Presente dado a ela pelo Orixá Oxóssi.
ERUQUERÊ – Rabo de animal.
ETABA – Charuto, cigarro.
ETU – Galinha D'angola.
ETUTU – Reza para fazer feitiçaria.
EWÁ – O número de dez.
EWÊ – Folha.
EXÊ-EÊ-BABÁ – Saudação cerimonial para Oxalá.
EXÚ – Orixá da comunicação, senhor dos caminhos. É o primeiro a ser reverenciado nos rituais e trabalha tanto para o bem como para o mal.

F
FÁ – Divindade correspondente a Ifá, Orixá da sabedoria e da adivinhação.
FAZER A CABEÇA – Ritual de iniciação que tem por objetivo tornar a pessoa apta a incorporar o Orixá.
FIBÔ – Uma qualidade de Oxóssi.
FIFÓ – Lampião de querosene.
FILÁ – Capuz confeccionado com palha da costa que cobre o Orixá Obaluaiê.
FON – Uma das tribos que trouxe para o Brasil e cultura Jeje, a qual cultua os voduns.

G
GANGA – Exús.
GANGA-ZUMBÁ – Foi um dos mais famosos chefes guerreiros que abrigavam escravos foragidos no Quilombo dos Palmares. Era um dos mais respeitados naquela comunidade, por isso tinha todas as honras, era tratado como o rei dos escravos.
GÊGE – O mesmo que Jêje ou Jeje, tribo com dialeto próprio oriundo do antigo Dahomey Mesmo tribo que implantou o culto aos voduns no Brasil. Atualmente , eles se fundiram com seus tradicionais inimigos, os Yorubás, que aqui levam o nome de Nagôs, formando, então, uma tribo ramificada, a “Jêje-Nagô-Vodum”.
GONZEMO – Altar do povo de Angola.
GU – É o Ogum da Nação de Gêge.
GUDUPE – Palavra usada para denominar qualquer animal de quatro patas.
GUEDELÉ – Máscaras usadas nos rituais de feitiçaria.
GUERÊ – Qualidade de Iansã.
GUÊRRE – Farinha de mandioca usada na preparação de comidas.
GUIA – Fio de contas usados nos rituais afro-brasileiros. Na maioria das vezes essas guias correspondem aos Orixá do Filho de Santo.
GUIAME – Colar dos Orixás.
GUINÉ – Folhas utilizadas nos rituais.
GUM – O mesmo que “GU”, o vodum correspondente para os daomeanos, ao Ogum dos Yorubás.
GUNOCÔ – Orixá da linhagem de Ogum que habita as florestas.

H
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I
IÁ – Mãe.
IALORIXÁ – A suprema em uma casa de santo. O mesmo que mãe de santo.
IANSÃ – Nome do Orixá feminino que controla os ventos, raios e tempestades. Foi uma das esposas de Xangô, e também a mais fiel delas.
IAÔ – Filha de santo que experiencia transe, ou iniciada em reclusão; o mesmo que iyaô.
IBARU – Uma das 12 qualidades de Xangô, xangô com ligação com o fogo.
IBÊJI – Orixás crianças que quando incorporados são chamados Erês.
IBI - Caramujo que é oferecido em pratos sagrados aos orixás, principalmente Oxalá e Ogum.
IBIRI – O Cetro usado por Nanã, que uma das pontas recurvada. Nanã dança com ele tal como a mãe nina o filho. Segundo algumas lendas yorubá, este gesto representa o arrependimento por ter abandonado Omulu, seu filho.
IBUALAMO – Oxóssi que teve relação com Oxum, quando foi atraído por ela até o rio, gerando com ela o filho Logun-Edé.
IDARÁ – Pedra de Xangô.
IDÓ – Banheiro.
IDOKÊ – Pó de pemba utilizado para fazer o mal.
IFÁ – Deus da adivinhação e da sabedoria que orienta aqueles que o consultam.
IGEXÁ – Toque cadenciado para Oxum e Logun. É também nome de uma nação praticamente extinta, mas que trouxe para o Brasil a cultura Igexá.
IJIMUN – Uma das qualidades de Oxum que tem ligação com as bruxas Iyámi Oxorongá. A Oxum que com os seios alimenta e transmite vida da mãe para o filho. Oxum que encanta com o leite materno.
IKÁ – Cumprimento dos filhos de santo aos orixás masculinos.
ILÁ – O brado dos orixás manifestados.
ILÊ – Casa de Candomblé.
ILÊ ABOULA – Casa que cultua Egungum.
ILU – Pode significar vida ou o nome que os atabaques recebem em algumas casas de santo no nordeste.
INAÊ – Um dos nomes de Yemanjá, nos cultos Bantu.
INCÔSSE – Orixá da cultura Bantu, que corresponde a Ogum.
INKICE – O mesmo que orixá nos cultos de origem Bantu.
INLÉ – Um outro nome do Orixá Oxóssi.
INSABA – Folhas.
IÓ – Sal.
IPETÉ – Comida de Oxum.
IROKO – Gameleira branca, morada dos orixás. É também o nome do Orixá Funfum, filho de Oxalá, cultuado na gameleira branca, na Nigéria, pois não é cultuado no Brasil.
ITÁ – OTÁ – Pedra sagrada dos orixás.
IXÉ – Local, nas casas de culto, onde ficam os assentamentos do barracão. Representa a ligação direta do Orum com o Aiê.
IYÁ – Mãe.
IYÁ BASÊ – Mulher encarregada de preparar as comidas dos orixás.
IYA KEKERÊ – O mesmo que mãe pequena.
IYALAXÉ – Mulher que cuida do altar do axé.
IYALORIXÁ – Mãe de santo.
IYAMI OXORONGÁ – É a principal das Iyá Mi Ajé, que quer dizer: Minha mãe feiticeira. É a mais poderosa de todas, tem a força feminina equivalente a de Exú. Trata-se de uma entidade muito respeitada e temida. Seu culto é extremamente feminista, uma vez que Iyami não permite ser cultuada por homens.
IYÊ – Mãe.

J
JÁ – Briga, luta.
JACUTÁ – Atirador de pedras. No Brasil, recebeu a conotação de qualidade de Xangô.
JAGUN – Guerreiro. É também uma das qualidades do Orixá Obaluaiê.
JANAÍNA – Um dos nomes de Yemanjá.
JARRÁ – LUÁ – Bebida dos Orixás.
JEJE – Tribo da cultura Ewefon, introduzida no Brasil através do tráfico de escravos vindos do Dahomey.
JIKÁ – Ombros.
JOLOFÔ – Coisa inútil ou pessoa tola.
JONGO – Ritual folclórico dos negros iorubás.
JURÁ OLUÁ – Santuário.

K
KABULA – Tribo Bantu predominante no Espírito Santo, que por serem muito arredios, deu origem a palavra encabulado.
KAJANJÁ – O mesmo que Omulu.
KAMBALÃNGWÁNZE – Orixá correspondente a Xangô.
KATENDE – O mesmo que Ossain.
KAWO KABIESILE – Saudação para o orixá Xangô.
KELÊ – Colar do iniciado. Gravata feita com miçangas e firmas, nas cores do orixá a que é dedicado e, colocada nos yaôs durante a feitura para ser usada durante o resguardo.
KETÚ – Tribo Yorubá, que manteve sua cultura intacta, arraigada entre os brasileiros. Conservou as tradições aos rituais e às cantigas, inclusive com o idioma de amplo vocabulário que permite comunicação perfeita entre os que se dedicam ao seu aprendizado.
KYXIMBI – O mesmo que Oxum.

L
LAQUIDIBÁ – Espécie de colar feito com raízes ou chifres de búfalo, muito utilizado na Nigéria, ao redor do umbigo, para proteger as crianças das doenças. No Brasil, é utilizado como guia (no pescoço) consagrada a Omulu, o senhor das doenças.
LAROIÊ – Saudação brasileira para Exú.
LÉ – O menor dos atabaques.
LE – Partícula yorubá que significa (+) mais.
LEBÁ – Exú.
LEBARA – Exú, no seu aspecto de “Senhor da Força”.
LEMBÁ – Oxalá.
LEMBADILÊ – Santo de casa.
LODÔ – No rio.
LUGUN EDÉ – Orixá filho de Oxum e de Oxóssi, que herdou as características de pai e da mãe. Dessa forma, tanto pode ter seu culto no rio, quanto na terra. É seis meses macho, onde vive na floresta caçando e seis meses fêmea, vivendo no rio com sua mãe Oxum.

M
MAÍ – Subdivisão da nação dos Gêges.
MAIONGÁA – Local nas casas de culto, destinado ao banho.
MÃO DE OFÁ – Pessoa incubida de colher folhas para rituais.
MARACÁ – Instrumento musical indígena.
MARAFA – Cachaça.
MARIWÔ – A folha da palmeira desfiada, que forra as entradas das casas de culto aos Orixás.
MAZA – Água.
MEGÊ – O número sete.
MEJI – O número dois.
MIAM-MIAM – Comida de Exú.
MIWÁ – Um dos nomes de Oxum, quer dizer Mãe-Senhora.
MOCAM – Gravata dos Orixás.
MOILA – Vela.
MUGUNZÁ – Comida feita com milho branco cozido, leite, leite de coco, sal, açúcar, cravo e canela.
MUKUMBE – O mesmo que Ogum.
MUKUNÃ – Cabelo.
MUTALOMBO – O mesmo que Oxóssi, na origem Bantu.

N
NADABULÊ – Dormir.
NANÃ – Vodun Jeje assimilado pela cultura Yorubá, hoje cultuada em todas as casas de etnia Kétu, no Brasil.
NANAMBURUCU – Orixá Nanã em seu aspecto de ligação com a morte.
NCÔSSE – O mesmo que Ogum.

O
OBÁ – (min) Título dos “pastores” de Xangô. (mai) Orixá Obá, a deusa do amor e sereia africana, terceira esposa de Xangô.
OBA – Rei.
OBÁ XIRÊ – Obá que brinca.
OBALUAIÊ – Orixá das endemias e epidemias, porque tem grande poder de cura sobre as doenças.
OBATALÁ – Orixá da paz que foi delegado para iniciar a criação do mundo. Porém, conta a lenda que embebedou-se com vinho de palmeira (palma) e não conseguiu cumprir a tarefa. O Vinho de palma é uma das grandes quizilas dos filhos de Oxalá.
OBATELÁ – Um dos ministros de Xangô.
OBÁXI – Saudação para Obá.
OBARÁ – O sexto Odu do jogo de búzios. Traz o número 6 e representa a prosperidade no caminho das pessoas.
OBÉ – Faca.
OBECURUZU – Tesoura.
OBEXIRÊ – Navalha.
OBI – Fruto africano utilizado em diversos rituais.
ODARA – Bom.
ODÉ – O que caça bem, bom caçador.
ODÔ – Rio.
ODU – Destino.
ODUDUWÁ – Orixá ligado à criação do mundo, que arrebatou Obatalá e criou a Terra. Foi um grande guerreiro e conquistador, mas, no Brasil é cultuado como um Orixá feminino.
ODUM – A Terra.
ODUN – Ano.
ODUVÁ – Deus da Terra.
OFÁ – Arco e flecha utilizada por Oxóssi como ferramenta e, com o qual ele dança quando incorporado nos terreiros.
OFANGÊ – Espada.
OGAN – “Guarda” selecionado por orixás, não entra em transe, nas age como auxiliar sagrado nos rituais. É o cargo exercido, exclusivamente por homens. Dentro da Hierarquia do Santo, vem logo depois do Zelador ou Zeladora, e é tratado como pai no santo, tendo o mesmo status da Zeladora ou do Zelador. Geralmente são filhos de entidades espirituais e são os únicos a quem o Zelador ou Zeladora deve tomar abenção dentro da casa do Axé.
OGAN ALAGBE – Tocador de Atabaques de chefia os Demais. Ogan mais velho.
OGAN NILÚ – O tocador dos atabaques.
OGAN AXOGUN – Responsável pelos holocaustos dentro da casa do Axé.
OGUM – É o Deus das guerras e o Orixá, que abre os caminhos.
OGUM XOROQUÊ – É o nome do Ogum que desceu as montanhas. Ogum com grande fundamento com o Orixá Exú.
OGUNTÉ – Uma das qualidades de Yemanjá, que teria ligação com Ogum.
OIÁ – O mesmo que Iansã.
OIM – Mel.
OJÁ – Pano utilizado pelas baianas para cobrir o peito. Pano também utilizado para vestir os atabaques.
OJÉ – Sacerdote dos cultos de Egungum.
OJÓ ODÔ – Dia da festa do pilão de Oxalá.
OJUM-CRÊ-CRÊ – Olho grande.
OKÊ – Montanha, morro.
OKÔ – Deus dos montes.
OLÓ – Ir embora.
OLODUMARÊ – O senhor dos destinos.
OLÓKUN – Mãe de Yemanjá.
OLORUM – Deusa das Águas.
OLOSSAIN – Sacerdote consagrado a Ossain para colher as folhas rituais.
OLUBAGÉ – Festa anual dedicada a Omulu/Obaluaiê, onde lhes são servidas várias comidas rituais.
OLUWÔ – Pessoa que vê através do jogo de búzios.
OMADÊ – Menino.
OMALÁ – O mesmo que Amalá. Comida feita para Xangô com inhame, dendê, camarão seco, cebola ralada e coberto com molho de quiabos.
OMI – Água.
OMINTORÔ – Urina.
OMULU – Orixá de natureza guerreira que tem o poder de combater as doenças.
ONANXOKUN – Nome de um dos 12 ministros de Xangô.
ONIKÔYI – Também um dos 12 ministros de Xangô.
OÔRUKÓ – Dia em que os iniciados recebem o “nome”.
OPANIJÉ – Toque cadenciado para Omulu dançar.
OPELÉ-IFÁ – Colar feito com oito nozes de Ikin, ligadas por uma corrente para leitura dos Odus.
ORÉ – Rapaz.
ORI – Cabeça.
ORIKI – Nome da saudação do Orixá.
ORIXÁ – A palavra Orixá significa Ori=cabeça, Xá=Rei, senhor. Senhor da Cabeça.
ORÓ – Deus do mal.
ORÔ – Seqüências de cânticos litúrgicos ou rezas utilizadas para os Orixás.
OROBÔ – Fruto natural da África, utilizado em diversos rituais.
ORUM – Sol.
ORUM-BABÁ – O pai do Céu.
ORUN – Espaço sagrado, o céu.
OSÉ – Semana. Ou pode ter o significado de limpar os assentamentos dos Orixás.
OSSANIYN – É o Orixá das matas. O mesmo que Ossain.
OSSÉ – Oferendas.
OTÁ – Pedra consagrada aos Orixás.
OTIN – O mesmo que marafo, cachaça.
OTUN – Lado direito ou direita.
OXAGUIAN – Oxalá-Guian, a forma jovem do velho Oxalá. Oxalá que traz a espada e tem fundamentos com Ogum e Iansã.
OXALUFAM – Oxalá-Lufam, a forma mais velha de Oxalá.
OXÊ – Machado alado, símbolo de Xangô.
OXÓSSI – Orixá caçador, que representa a fartura. É companheiro de Ossain, por ser ele também das matas, e de Ogum.
OXUM – Deusa das águas doces e frias. É o orixá da fertilidade e maternidade.
OXUMARÊ – Orixá do arco-íris encarregado se suprir o Orum com água. No brasil é cultuado com orixá metá-metá, ou seja hermafrodita, que tem dois sexos. Na África é tido como Orixá masculino.
OXUPÁ – A lua.
OYÁ – Orixá Oyá, deusa dos ventos, tempestades e raios. Foi uma das esposas de Xangô.
OYÁ FUNÃ – Um dos tipo de Oyá Balé cultuada no Brasil.
OYÓ – Cidade da Nigéria fundada pelo pai de Xangô, que a deu de presente ao filho transformando Xangô no rei de Oyó. Este é um dos locais, onde o culto ao orixá Xangô é mais forte.

P
PAXORÔ – O Cetro sagrado de Oxalá. O símbolo que ele traz na mão direita quando dança, simbolizando o elo entre a Terra e o céu.
PADÊ – Encontro, reunião. Porém, no Brasil, também significa a cerimônia de despachar a Exú, antes de começar os trabalhos rituais.
PAJELANÇA – Ritual que envolve a mistura de rituais indígenas, católicos e espíritas. Típico nas regiões do Pará, Amazonas, Piauí e Maranhão.
PANÃ – Ritual conhecido como Tira Kijila, que tem por finalidade relembrar ao iaô suas tarefas diárias, das quais ele esteve afastado durante o tempo da iniciação, além de aplicar-lhe ensinamentos, mostrando como deve se comportar fora da vida religiosa. Cerimônia na qual comidas feitas por iniciados são vendidas em mercados ou quitandas.
PACHORÔ – Ajudantes de Oxalá.
PEJI – Quarto onde ficam os assentamentos, ou seja, local da personificação dos Orixás onde são guardados seus símbolos e colocados suas oferendas. Funciona como uma espécie de santuário.
PEJIGAN – O Ogan de confiança que zela pelo Peji cuidando de tudo, desde a limpeza até pequenos reparos se forem necessários.
PELEBÊ – Tem dois sentidos: devagar e fino.
PEMBA – É um pó preparado com diversas folhas e raízes para ser utilizado nos rituais para diversas finalidades. Pode ainda ser, um tipo de giz que os guias utilizam para riscar os pontos que os identificam.
PEPELÊ- Local onde ficam os atabaques.
PEPEYÉ – Pato.
PEREGUM – Folha muito utilizada em rituais de descarrego.

Q
QUEDA DO QUELÊ – Uma cerimônia realizada algum tempo depois da iniciação (três meses depois), para a retirada do Quelê. A Queda do Quelê como é denominada, e que tem todo um ritual próprio.
QUELÊ – É como se fosse uma gravata de Orixá colocada no yaô, durante a iniciação. Ela serve para indicar que o iniciado, a partir daquele momento, está sujeito ao seu orixá. As gravatas dos iniciados tem cores variadas, para cada orixá e é usado um tipo de cor que o identifique. Por exemplo: um iniciado que tem como Orixá Ogum usará o Quelê vermelho e assim por diante.
QUENDAR – Andar.
QUIMBÁ – Espírito das Trevas.

R
RONKÓ – Quarto de santo destinado à iniciação.
RUM – O maior dos atabaques, utilizado para a marcação dos toques dos orixás.
RUMPI – É o atabaque médio que puxa os ritmos ou faz o contraponto no toque do Lé, que é o atabaque menor.
RUNGEBÊ – Contas sagradas de Obaluaiê.
RUNGEVE – Colar que as filhas de santo, com mais de sete anos de iniciada, usam.
RUNTÓ – Nome que leva o tocador de atabaques (Ogan Ilu) na cultura Jêje. E é também, uma das saudações a Ogum.

S
SAKPATA – Vodum jeje que é o mesmo que Obaluaiê.
SALUBÁ – Saudação a Nanã Buruquê.
SAPONAN – Orixá da varíola e das doenças contagiosas. Entre os Yorubás este nome era proibido de ser pronunciado, sendo assim eles o chamavam de Obaluaiê.
SARAVÁ – Saudação dos Orixás, usada muito nos cultos de Umbanda.
SATÓ – Um ritmo mais utilizado para invocar Nanã e Iemanjá. Um pouco semelhante ao toque Bravun.
SÈGI – Colar de contas azuis, feito com dois tipos de azul: um azul mais escuro que é de Ogum e um outro mais claro que é de Oxalá.
SIDAGÃ – É a substituta imediata de Otun-Dagan, que vem a ser a filha da casa encarregada de tratar e despachar Exú, antes de iniciar as cerimônias rituais.
SIRRUM – Cerimônia fúnebre muito utilizada na nação de Angola, para desprender o corpo material do espírito.
SOBA – Uma das qualidades de Yemanjá no Brasil.
SOBOADÃ – O mesmo que Oxumarê.

T
TARAMÉSSU – Mesa usada pelo Tata Ti Inkice para a consulta ao jogo de Ifá (jogo de búzios).
TAUARI – Cigarro de palha.
TEMPO – Entidade de origem Bantu que no Brasil é cultuado como Ktembo = vento.
TEREXÊ – Em certas nações tem o significado de mãe pequena.
TERREIRO – Nome dado às casas de culto aos Orixás.
TOBOSSI – Entidade Jeje. Uma espécie de Erê menina.

U
UBATÁ – O mesmo que Batá – sapato.
UMBÓ – Cultuar.

V
VATAPÁ – Comida de Ogum.
VODU – Tipo de culto muito difundido nas antilhas e em algumas regiões de Benin na África, que nada tem a ver com o culto aos Orixás.
VODU AIZÃ – Vodum da terra que tem ligação com a morte. Mais ou menos correspondente a Onilé, O Senhor da Terra.
VODUM – Entidade do culto Jêje, correspondente aos orixás Yorubás.
VUMBE – No idioma dos Bantu significa morto ou espírito de morto. A expressão “Tirar a mão de Vumbe” , significa fazer cerimônia para tirar a mão do falecido. Em outras palavras, fazer cerimônia para que ele se desprenda das coisas materiais e encontre o seu caminho no mundo espiritual.
VUNGI – Orixás crianças (nação de Angola).

W
WÁRI – Uma das qualidades de Ogum cultuada no Brasil.
WARIN – WARU – Nome do Deus das doenças eruptivas (sífilis, varíola, lepra e etc...).

X
XAMAM – Deus dos indígenas.
XAMANISMO – Ritual procedido nas religiões afro-indígenas.
XAMBÁ – Nação de um ritual.
XANGÔ – Deus do raio e do trovão. Foi o segundo rei de Oyá e segundo as lendas Yorubá, reinou com tirania e crueldade. Xangô não nasceu Orixá porque sua mãe era humana. Ele só tornou-se Orixás após a morte, quando voltou ao Orun.
XAORÔ – Guizo que os iniciados usam no tornozelo como um símbolo de sujeição.
XAPANÃ – Deus das doenças. O Obaluaiê dos Yorubás.
XARAÔ – Tornozeleira ornamental.
XAXARÁ – Símbolo do Orixá Obaluaiê. Feito com as nervuras das folhas de palmeira, e enfeitado com búzios e miçangas, é o que Obaluaiê traz nas mãos quando dança personificando os ancestrais.
XEREM – Chocalho de metal usado nos rituais.
XINXIN – Comida de Oxum feita com galinha.
XIRÊ – Vem do verbo brincar, podendo assim, significar divertir, jogar. Ou ainda o Xirê cantado para os Orixás = cântico dos Orixás.
XOKOTÓ – Calças ou pequeno.
XOROQUÊ – Uma das qualidades de Ogum no Brasil.
XOXÔ – Oferenda feita para o Exú com o coco do dendezeiro.

Y
YABÁ – Rainha. Termo usado para designar os Orixás femininos, principalmente àquelas que foram realmente rainhas em passagens pela Terra como Iansã, Oxum e Obá, esposas do Rei Xangô.
YANGUI – Exú considerado o primeiro do Universo. Exú Yangui, rei e pai dos demais Exus.
YANSÃ – A mesma Iansã deusa das tempestades, ventania e trovões. A mãe dos nove espaços sagrados.
YAÔ – Quer dizer esposa. Mas, no culto aos Orixás, significa sujeição aos mesmos. Submissão de esposa de Orixá.
YEMANJÁ – Na Nigéria ela é cultuada como deusa do Rio Ogum, sendo um orixá de rio. Porém, no Brasil, ela é cultuada como deusa das águas salgadas, confundida com sua mãe.
YEYÊ – O mesmo que Ìyá – mãe.
YORUBÁ – Povo nigeriano que se dividiram em diversas tribos ou nações são elas: os Ketu, os Oyó, os Igejá, os Geges e os Nagos. Embora divididos em tribos diferentes, mantiveram a mesma cultura. É óbvio que houve algumas deturpações, mas as origens de culto são as mesmas.

Z
ZAMBI – Deus dos angolanos.
ZARÁ – Saudação ao Orixá Tempo.
ZIRI – Comida estragada.
ZULU – Tribo africana.
ZUMBI – Deus cultuado para os rituais maléficos.

GLOSSÁRIO DA UMBANDA


A
ABAÇÁ - Templo, tenda, terreiro de Umbanda.
ABACÊ (ABÁ) - Cozinheira que prepara as comidas de Santo, no culto Gegê. Cozinheira(o) que conhece e prepara as comidas dos Orixás. Cozinheira do culto.
ABADÁ - É o nome dado a uma túnica larga e de mangas compridas, usada nos terreiros pelos homens.
ABALÁ - Comida muito semelhante ao acarajé.
ABAÔ - Quer dizer um iniciando do sexo masculino, desenvolvendo-se mediunicamente no terreiro de Umbanda.
ABARÁ - Comida dos pretos africanos como seja bolo de feijão, que vem enrolando em folha de bananeira.
ABEDÊ - É o leque de Oxum, quando feito de latão.
ABÔ dos AXÉS - Água contendo ervas maceradas, não cozidas, e sangue de animas sacrificados no terreiro de Candomblé. (na Umbanda não se utiliza sangue nos rituais).
ABRIR A GIRA - Significa o início ou abertura dos trabalhos nos terreiros de Umbanda.
ABROQUE - É um manto usando somente pelas mulheres durante uma sessão.
ACAÇÁ - Comida originária da África, com aparência de bolo de angu de arroz.
ACARAJÉ - Comida de santo feita na base de feijão fradinho com pimenta malagueta e outros temperos. Comida de Iansã.
ACENDE CANDEIA - Planta muito utilizada para banhos conhecida também como Candeia-Mucerengue.
ACHOCHÔ - Nome dado à uma comida de Oxossi.
ADARRUM - É o toque feito seguidamente pelos atabaques quando da invocação dos protetores para incorporarem nos mediuns.
ADEJÁ (ADJÁ) - É uma campainha (sino) usada nas cerimônias de terreiro. Sino de alumínio ou cobre de três bocas.
AGÔ - Significa pedir licença ou permissão, em outros momentos em que este termo traduz perdão e proteção pelo que se está fazendo.
AGURÊ - Toque em ritmo muito lento para chamar Iansã.
AGODÔ (OGODÔ) - Uma qualidade de Xangô.
AGONJÚ (AGANJU) - Um dos doze nomes de Xangô conhecidos no Brasil.
AIA - Toalha branca para uso em terreiro.
AIOCÁ - Referente a Iemanjá e ao fundo do mar. Ver AIUKÁ.
AIUKÁ - Fundo do mar. Também se diz os domínios de Iemanjá (Rainha do Aiuká).
AJUCÁ - É a festa da Cabocla Jurema entre os capangueiros. Nessa festa há defumações no terreiro, bebidas e comidas, tudo com a finalidade de duplicar a proteção no terreiro e gerar mais fartura nas casas dos filhos de fé.
ALDEIA - Povoado de índios. Tratando-se de terreiros, esta palavra quer dizer a moradia dos espíritos de caboclos na Aruanda.
ALGUIDAR - Bacia de barro usada para entregas, ascender velas, deposito de banhos, entrega de comidas e defumação. Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.
AMACI (AMASSI) - Batismo na Umbanda. Líquido preparado com o suco de diversas plantas, não cozidas, e que tem muita aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. O principal banho para a o ritual da "lavagem de cabeça". (ritual equivalente a raspagem de cabeça no Candomblé e ao batismo na Igreja Católica).
AMACI-NI-ORY - Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns. Cerimonia da lavagem (feitura) de cabeça dos médiuns.
AMALÁ - Comida de Santo. Também se denomina a todo ritual que o umbandista ao manipular alimento deve dispensar atenção, amor e especial carinho, fazendo por completo a Homenagem ao Orixá. "Dar de comer ao Santo".
AMOLOCÔ - Comida de Oxum.
AMPARO - Chicote sagrado usado especialmente para afastar espíritos atrasados e maléficos.
ANGOMBA - É a designação para um segundo atabaque.
APARELHO - Médium. Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” da entidade do médium.
ARAUANÃ - Dança ritual africanista para quebrar demandas e trazer alegrias.
ARIAXÉ - Banho preparado com ervas e folhas. Esse banho consta mais de 21 diferentes espécies de vegetais. Preparado somente pelo próprio chefe de terreiro.
ARIMBÁ - Pote de barro para guardar o azeite-de-dendê.
ARIPÓ - Panela muito semelhante ao alguidar de barro.
ARUANDA - Céu, Paraíso, Nirvana ou Firmamento significam a mesma coisa, isto é, a moradia daquele que é Criador de todos os mundos e de todas as coisas. Plano Espiritual Elevado.
ARUÊ - Saudação a Exu (Aruê- Exu ou Laroiê Exu} - termo também usado para espíritos desencarnados.
ASSENTAMENTO DE ORIXÁ - E o lugar no pegi onde é colocada a representação de Orixá, ou do seu fetiche, ponto riscado, etc.
ASSENTO - Termo utilizado para um local preparado para um Orixá ou Exu. Santuário exclusivo.
AXÉ - Força invisível, mágica e sagrada. É a força mágica do terreiro representada pelo segredo composto de diversos objetos pertencentes as linhas e falanges. Força bendita e divina. Poder que emana dos Orixás.
AXEXÊ - Cerimônia fúnebre iorubana. Semelhança com a missa de 7º dia católica.
AXOGUM - Nome dado ao encarregado de sacrificar animas quando não é feito pelo Chefe do Terreiro. Muito comum nos cultos de candomblé nagô.
AZÊ - Capuz de palha. Ornamento da roupa de Omulú.
AZEITE-DE-DENDÊ - Óleo baiano extraído do dendezeiro, sendo muito utilizado na culinária dos Orixás.
B
BABÁ - Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados. No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes como: Babalorixá - Babaojê - Babalaô - Babalossain... Chefe feminino nos templos de umbanda (Mãe de Santo);
BABALAÔ - Guardião que possui a chave do mistério. Pai-de-Santo. Chefe de terreiro. (baba = pai - laô = completo, tudo = "um pai para tudo"). Títulos de Orixá nos candomblés.
BABALORIXÁ - Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de Candomblé; ou de Umbanda (a Umbanda também usa = Babalaô). Denominado popularmente “Pai-de-santo”. Pessoa que dirige todos os trabalhos no Terreiro (administrativo e sacerdotal). Orienta a vida espiritual dos médiuns, filhos de fé e assistência do Terreiro.
BABUGEM - Restos de comidas e bebidas que sobram no terreiro.
BACURO DE PEMBA - Filho de Santo.
BAIXAR - Termo que quer dizer incorporação das Entidades/Orixás nos médiuns. Esse termo designa que toda entidade que vem do Céu (Plano Astral Superior), ou seja, da Aruanda, baixe das alturas para a Terra.
BALANGANDÃ - Enfeites e ornamentos. Podem também ser amuletos.
BALÊ - Casa dos Espíritos mortos (desencarnados).
BAMBA - Temível, valente.
BANDA - Termo utilizado para designar a linha espiritual a qual pertence determinada Entidade. Lugar de origem de entidade.
BANHO DE DESCARREGO - Banho preparado com ervas sagradas, de acordo com o Orixá de cada indivíduo, para purificar o perispirito e afastar vibrações negativas. (Obs.: É tomado, após o banho de asseio, apenas do pescoço para baixo, só na parte da frente do corpo).
BARRACÃO - Termo usado pelos leigos para designar o local da prática ritual. Terreiro.
BASTÃO-DE-OGUM - Espécie vegetal de espada-de-São-Jorge.
BATER-CABEÇA - Reverenciar. Ritual que quer dizer cumprimentar respeitosamente e humildemente. Abaixar-se aos pés do Congá (altar) ou de uma Entidade tocando com a testa ou cabeça no chão. Representa respeito e humildade.
BATER PARA O SANTO - Tocar os atabaques com o ritmo peculiar a determinado Orixá.
BEJA - Cerveja branca.
BENTINHO - Escapulário que traz pendurado no pescoço e contém orações, rezas e figuras de santos. Patuá.
BETULÉ - Machado feito de pedra e bambu para Xangô.
BILONGO - Amuleto muito usado por caçadores para proteção
BOLAR NO SANTO - Início incompleto de transe que ocorre com os médiuns sem preparo ou iniciantes. Animismo.
BOMBO-GIRA - O mesmo que Pomba-Gira. Denominação de Pomba-Gira em Congo. Exu mulher.
BORÍ - Ato cerimonial no qual o filho de santo oferece sua cabeça ao Orixá. Cabeça.
BOTAR NA MESA - Atendimento ao consulente através de oráculo. Baixar cartas (Tarot).
BURRO - Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium. Calunga Grande - Mar - Oceano.
C
CABAÇA - Vasilha feita do fruto maduro do cabaceiro depois de retirado o miolo. Utilizado também como moringa de bebida (água) e para fazer cuias de chimarrão.
CABAIA - Assim é denominado uma túnica de mangas largas utilizada por médiuns e/ou cambones.
CABEÇA-FEITA - Médium que já passou pelo ritual do Amaci. Denominação do médium desenvolvido, já cruzado no Terreiro, com seu Orixá de Pai-de-cabeça definido.
CAIR NO SANTO - Transe mediúnico de quem ainda não está preparado para incorporar.
CALUNGA PEQUENA - Cemitério
CALUNGA GRANDE - Oceano, mar.
CAMBONO (CAMBONE) - Auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambone é o médium que auxilia o consulente (leigo) a entender as Entidades. Auxiliar de culto.
CAMOLETE - Lenço branco de tamanho grande colocado na cabeça dos médiuns durante alguns rituais. Pano-de-cabeça.
CAMUCITÊ - Nome dado ao altar, Congá - Pegi.
CANJIRA - Lugar onde são realizadas danças religiosas. Curimba no meio do Terreiro.
CANZUÁ (CAZUÁ de QUIMBÉ) - Designações no Candomblé para o Terreiro - casa de culto - tenda espiritual - local.
CAPANGUEIRO - Termo usado no sentido de companheiro (Umbanda). Comprador de diamantes em pequenas porções. Denominação dada ao capanga, pequeno avental com o qual os diretores ou grandes iniciados do Toré participam do ritual de cura ou culto ameríndio, comum no Nordeste brasileiro.
CARICÓ - Templo, Terreiro.
CARREGADO - Pessoa que está com vibrações espirituais maléficas causadoras de sintomas como mal-estar, medo sem causa, etc.
CARURUTO - Charuto.
CATERETÊ - Designação de um ritual espírita do Estado do Maranhão
CATULÁ - Anular um trabalho de magia negra.
CAVALO - Médium dos Guias de Umbanda. Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades.
CENTRO - terreiro, tenda de Umbanda, cazuá.
CHEFE DE CABEÇA - É um dos nomes como é designado o Guia-Chefe do médium de terreiro que tenha sido desenvolvido e cruzado no mesmo. Pai de cabeça.
COISA FEITA - Quer dizer trabalho feito para levar o mal a alguém, despacho maléfico, feitiço, bruxaria.
COITÉ (COETÊ) - Fruto do coitezeiro - seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.
CONGÁ (Gongá ou Congar) - A palavra gongá é de origem banto, é utilizada no ritual de Umbanda para denominar o "altar sagrado" do Terreiro. Este altar é composto de imagens de santos católicos, caboclos, pretos-velhos e outras.
COMPADRE - Designação para Exu.
CORPO FECHADO - Nenhum espírito maléfico pode incorporar no médium, ou nenhum espírito pode trazer o mal a pessoa que tem o corpo fechado.
CORREDOR DE GIRAS - Freqüentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso espiritual com nenhum deles.
CREDO-EM-CRUZ - Creio na cruz. Interjeição que traduz espanto, admiração ou repulsa.
CURIAR - Comer ou beber.
CURIAU - Comida de Santo, despacho.
CURIMAR - Cantar. Entoar pontos cantados.
CURIMBA - Dança do Orixá ou Entidade no meio do Terreiro. Conjunto de instrumentos musicais do terreiro. Os instrumentos que compõe a curimba: atabaques, tambor, agogôs, chocalhos, berimbau, violões, etc. Curimba é a orquestra de um terreiro.
CURIMBAR - Dançar cantando.
CURUMIM - Do tupi Kurumí - menino.
D
DAR FIRMEZA AO TERREIRO - Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.
DAR PASSAGEM - Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.
DAR PASSES - Axé da entidade transmitido através do médium incorporado. Emitir vibrações que anulem as más influências e mazelas sofridas pelos consulentes através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. Abrir os caminhos do consulente através do Axé do Orixá.
DECÁ - Bracelete ritual que o filho-de-santo recebe após sete anos de sua primeira saída da camarinha no Candomblé.
DEMANDA - Desentendimento.
DANDÁ - Vegetal, espécie de capim, que exsuda um odor, muito usado em trabalhos, como banho e defumações em ritual de Umbanda.
DANDALUNDA - Outro nome dado a Janaína, Iemanjá, ou Mãe Dandá.
DAR COMIDA AO SANTO - Entrega, agrado, oferecimento de alimentos aos Orixás com o objetivo de receber Axé em troca. (Ver Amalá).
DESCARGA - Ação para afastar do corpo de alguém, ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de: banhos, passes, defumação, queima ou pólvora e etc.
DESCARREGAR - Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.
DESCARREGO - O mesmo que descarregar. Despachar restos de vela, pontas de charuto e demais sobras do trabalho da entidade em local adequado.
DESCER (DESCIDA) - Ato de orixá ou entidade incorporar. Quando as Entidades Espirituais vão incorporar no médium.
DESENCARNAR - Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.
DESENVOLVIMENTO - Treino do iniciado nos trabalhos espirituais visando seu aperfeiçoamento mediúnico e pessoal. Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.
DESMACHE - Espécie de muleta usada em alguns terreiros como instrumento de Xangô
DESMANCHAR TRABALHOS - É tornar livre uma pessoa dos efeitos de trabalho de enfeitiçamento, como também beneficiar alguém que tenha sido vítima de magia negra.
DESPACHAR - Entregar ao Orixá o que é do Orixá. Despachar também é um termo usado para tudo que é sagrado, seja comida de santo, seja qualquer objeto sacro seja entregue num local adequado a cada Orixá.
DESPACHO - Trabalho entregue para anular um feitiço, desmanchar trabalhos de magia negra.
DIA DE OBRIGAÇÃO - É o dia de sessão quando os médiuns e os consulentes observam certos atos do ritual umbandista e cumprem tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.
DILONGA - Prato que representa uma das ferramentas, ou melhor, um dos utensílios de Ogum.
DOBALÊ - É assim chamada a saudação dos médiuns que possuem guias femininos.
DOLOGUM (DILOGUM) - Guia com 16 fios.
E
EBAME (EBAMI) - Filha de Santo com mais de 7 anos.
EBI - Serpente que é representada por um ferro retorcido, fazendo parte da ferramenta de Xangô, colocada junto com o machado.
EBIANGÔ - Planta muito usada pelos negros em amuletos e que é tida como portadora de virtudes mágicas, como por exemplo, afastar espíritos maléficos.
EBIRI - Símbolo de Oxumaré.
EBÔ - Despacho. Presente para Exu. Oferta que se oferece em encruzilhadas ou em qualquer outro local.
EBÓ - Líquido com vários vegetais não fermentados, sendo preparado para diversos casos: Banhos, banhos para a cabeça, limpeza de ambiente, etc.. Cada ebó tem um preparo diferente para cada situação diferente. Antes de ser usado, é benzido por um Guia.
EBOMIM - Designação do médium feminino quando conta mais de 7 anos desenvolvimento.
EGUNGUN - Materialização de encarnados. Aparição. Evocação de Ancestrais e Espíritos Protetores.
EGUN - Nome genérico dos espíritos dos mortos (desencarnados).
EGUNS - Espíritos desencarnados. Almas.
EJILÉ - Pomba que é destinada ao sacrifício com a finalidade de ser empregada em algum trabalho.
EKEDI (EQUÉDE) - São as auxiliares femininas das Mães-Pequenas. Ekedis não incorporam, mas tem autoridade sobre as Entidades como uma Mãe Pequena.
ELEDÁ - Anjo da Guarda.
ELEGBÁ - Espírito Maléfico. Entidade que trabalha somente com Magia Negra.
ENCANTADO - Ser que não morreu, foi arrebatada.
ENCOSTO - Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.
ENCRUZA - É o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc. Habitat de Exu.
ENCRUZAR (CRUZAR) - Ritual umbandista no início de um período ou sessão, consistindo em fazer uma cruz com a pemba na nuca, na palma da mão, na testa do médium e na sola do pé. Isso fecharia o corpo do médium e protegeria, fortificaria sua mediunidade e ajuda também a estabelecer uma ligação mais firme com os Guias Espirituais. No encruzamento dos médiuns é entonado um canto próprio para a ocasião
ENDÁ - Diz-se a coroa imaterial que acompanha o médium em desenvolvimento após a iniciação. Sinônimo de aura. Também é como os antigos chamavam os Babalorixás de Umbanda quando visitavam um outro terreiro e os ogãs puxavam a cantiga: "Saravá o Endá, Saravá Oxalá a coroa do Babá"
ENFORCADO - Ver espírito obsessor. Quiumba.
ENGIRA - O mesmo que gira – trabalho – sessão.
ENGOMA - Conjunto de instrumentos musicais usados no Terreiro. Atabaques.
ENTIDADES - Seres espirituais na Umbanda.
ERÊ - Espírito infantil. Criança.
ERÓ - Segredos e ensinamentos revelados aos médiuns e iniciados no terreiro em seu desenvolvimento.
ERUEXIM - Rabo de cavalo, espécie de espanador usado por Iansã
ESPIRITISMO DE LINHA - Designação dada a Umbanda e as sessões no terreiro.
ESPIRITISMO DE MESA - Sessão espírita Kardecista. Designação dada a Umbanda nas sessões de cura por médicos incorporados.
ESPÍRITO DE LUZ - Espírito com alto grau de evolução, superior e puro.
ESPÍRITOS OBSESSORES - Espíritos com muito pouco ou mesmo nenhum desenvolvimento, são entidades que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes e prejudicando-as em todos os sentidos.
EXÊS - Partes dos animais sacrificados para serem oferecidos aos Orixás.
F
FALANGE - O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior. Falange em Umbanda significa a subdivisão de Linhas onde cada falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma.
FALANGEIRO - Espírito pertencente a uma determinada Falange.
FAZER MESA - Abrir a sessão, abrir a gira.
FAZER OSSÊ - Cerimonia semanal, no Candomblé, que consiste no oferecimento de alimento e/ou bebida preferida dos Orixás.
FECHAR A GIRA - Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória. Encerrar os trabalhos no terreiro.
FECHAR A TRONQUEIRA - Ato de defumar e cruzar o terreiro - os quatro cantos do terreiro - evitando que espíritos perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.
FEITO - É o médium masculino desenvolvido dentro do terreiro.
FEITO DE SANTO - Iniciação do desenvolvimento de um médium.
FEITA(O) NO SANTO - Médium que teve o cerimonial de firmeza de cabeça por haver completado seu desenvolvimento mediúnico.
FILHO(A) DE FÉ - Designação do médium iniciante ou não. Denominação para adeptos da Umbanda.
FILHO OU FILHA DE SANTO - Médium que se submeteu a doutrina e todo ritual.
FIRMA - Peça central da guia utilizada pelos iniciados pendurada no pescoço durante as sessões, é colocada no ponto no qual a guia de proteção é amarrada/fechada.
FIRMAR - Concentrar-se para a incorporação.
FIRMAR ANJO DA GUARDA - Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.
FIRMAR PORTEIRA - Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada. É a segurança para os trabalhos da sessão que será realizada.
FIRMAR PONTO - Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual. O Ponto Firmado pode ser apenas cantado como também riscado ou a combinação de ambos. Significa também quando o Guia dá seu ponto cantado e/ou riscado, como prova de identidade.
FIRMEZA - O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.
FORÇA ESPIRITUAL - Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral.
FUNDAMENTOS - Leis de Umbanda, suas crenças.
FUNDANGA - Pólvora.
G
GANGA - A palavra Ganga, na realidade "Nganga" palavra de origem Kimbundo significa mágico, feiticeiro ou vidente. Para os Angola-congolenses seria a denominação do chefe supremo, seria o mesmo que Tata ou o Grande Alufá. O nome Ganga denomina os chefes dos antigos terreiros cabindas.
GANZÁ - Instrumento musical.
GARRAFADA - Bebida preparada com a maceração de ervas em aguardente ou água.
GIRA - Sessão espírita com cânticos e danças para cultuar as entidades e Orixás. Corrente espiritual. Caminho.
CONGÁ (GONGÁ ou CONGAR) - Altar no qual os Santos católicos são sincretizados com os Orixás africanos. Altar principal de um Terreiro de Umbanda.
GUIA - Colar ritualístico especial para cada entidade, feito com miçangas de cristal e/ou de porcelana, da cor especial do Orixá ou Entidade Espiritual que representa e identifica.. GUIA Pode também significar o próprio Orixá, ou uma entidade espiritual, espírito superior. Alguns são os guias protetores do templo, outros do médium. Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do terreiro.
GUIA DE CABEÇA (GUIA DE FRENTE)- Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor. Pai de cabeça.
H
HALO - Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação. Aura. Auréola circular presente na cabeça de imagens de Santos e Anjos.
HOMEM DAS ENCRUZILHADAS (HOMEM DA RUA) - Exú.
HUMAITÁ - Do tupi-guarani: Hu = negro, ma = agora, itá = pedra – “a pedra agora é negra”. Relativo a Ogum, sua morada/reino.
HUMULUCU - Comida Africana feita de feijão fradinho, azeite-de-dendê e diversos temperos. Também conhecida como Omolocum.
I
IJEXÁ - Ritual africano. Os adeptos do Ijexá temem os mortos (eguns) e apressam-se em expulsá-los dos terreiros.
INCORPORAR - Entrar em transe, “receber” a entidade.
IORUBÁS (YORUBÁS) - Negros africanos que falam a linguagem Nagô.
IR PARA A RODA - Uma frase que traduz o desenvolvimento da mediunidade na corrente.
ITÁ DE XANGÔ - Pedra caída junto com o raio. Pedra de Xangô.
J
JABONAN - Assim chamada a auxiliar da Babá.
JACULATÓRIA - Oração curta. Reza resumida e fervorosa.
JACUTÁ - Denominação de altar. Casa do santo. No Candomblé é um título dado a Xangô que significa "lutar com as pedras". Esse nome também se refere ao 5º dia da semana Yorubá, no qual Xangô é cultuado.
JESUS - Oxalá.
JIBONAN - Designação do fiscal de trabalhos do terreiro.
JUNTÓ (AJUNTÓ) - Conjunto de forças dos Orixás.
JUREMA - Uma das caboclas de Oxossi, chefe de falange. Local onde todos os caboclos ficam espiritualmente. A Jurema é a cidade, o lugar, do mundo espiritual conhecido por Juremá.
JUREMÁ - Na Umbanda os Caboclos vem de Aruanda, no Catimbó eles vem do Juremá. O Juremá como no nosso mundo real, é composto de aldeias, cidades e estados ou reinados. Nestes estados e cidades moram os encantados, mestres e caboclos.
K
KANZUÁ (CANZOÁ ou CANZUÁ) - Vem do Kimbundo e significa literalmente cabana (cabaninha). No Brasil quer dizer Terreiro, salão, onde são realizadas as cerimônias, rituais afro-brasileiros, esta denominação é geralmente utilizada em terreiros bantos.
KAÔ - Saudação de Xangô. Salve! Viva!
KARDECISMO - Um dos pontos básicos em que se fundamentam todas as teorias espiritualistas. Decodificação do Espiritismo por Alan Kardec, de onde se origina o nome Kardecismo.
KARMA (CARMA) - Do sânscrito कर्म, transl. Karmam, e em pali, Kamma, "ação". É um termo milenar de uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente também pela Teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age. A palavra expressa um conjunto de ações dos homens e suas consequências. É a conseqüência de vidas passadas, as quais dirigem a presente e organizam as futuras encarnações.
KAURIS - Búzios, utilizados no jogo do delogum. Outrora também serviram de dinheiro na Africa.
KIBANDA ou KIMBANDA - Ver Quimbanda.
KIUMBA (QUIUMBA) - Espírito maléfico e obsessor. Espírito atrasado e sem nenhuma luz. Zombeteiro. Encosto.
L
LAÇAR O COBRERO - É assim chamada a oração que se escreve com tinta em volta do "cobrero" para fins curativos.
LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA - Além do capim e da miçanga, assim também são conhecidas as contas de semente dessa planta para confecção de terços, guias e outros objetos. Bastante comuns nas guias de Pretos e Pretas velhos.
LANCATÉ DE VOVÔ - É o mesmo nome por que é conhecida a igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador - Bahia.
LAVAGEM DE CABEÇA - A lavagem de cabeça é feita derramando-se o Amaci (banho preparado especialmente para essa cerimônia) sobre a cabeça do médium, enquanto se entoa um ponto de caboclo. A confirmação do Guia de Cabeça verifica-se após a lavagem de cabeça, quando o Guia incorpora e risca seu ponto em frente ao Congá.
LEGIÃO - Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.
LEI DE UMBANDA - A crença da Umbanda e seus rituais.
LINHA - Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um Orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada Orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex. linha de Umbanda, linha branca, etc. União das falanges, sendo que cada um tem seu chefe.
LINHA BRANCA - Linha de Guias que não cruzam com a linha da esquerda.
LINHA CRUZADA - Ritual com influência de duas ou mais procedências. É quando se unem duas ou mais linhas com o fim de tornar mais forte um trabalho no terreiro. Normalmente esse cruzamento se dá com um guia da direita com um da esquerda.
LINHA DAS ALMAS - Corrente vibratória que congrega espíritos evoluídos.
LINHA DE CURA - Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto.
LINHA DO ORIENTE - Congrega espíritos que viveram em povos do Oriente.
LÓ - Em Yorubá significa partir. Neste caso partir tem o sentido de desincorporar, ir para o além, se referindo mesmo a "cantar pra subir", o ato de o Orixá ou Entidade subirem.
M
MACAIA - Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.
MACAIO - Coisa ruim e sem nenhum valor.
MACUMBA - Termo antigo que se denominava aos cultos dos escravos nas senzalas. Candomblé, depois esse termo passou a ser vulgar e passou a nomear rituais de magia como o feitiço ou culto de feiticeiros. Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. Nome (pejorativo) com que os leigos denominam “despacho” de rua e os rituais de Umbanda, Quimbanda e demais cultos afro-brasileiros.
MACUMBADO - enfeitiçado
MADRINHA - O mesmo que Mãe de Santo, Babá.
MÃE D´ÁGUA - Iemanjá.
MÃE de SANTO - Médium feminino chefe ou dirigente de terreiro, Madrinha, Babá.
MÃE PEQUENA - Médium feminina desenvolvida e que substitui a Mãe de Santo. Auxiliar das iniciadas (iaôs) durante o seu desenvolvimento mediúnico.
MALEME (MALEIME ou MALEMBE) - Pedido de socorro, de clemencia, de auxílio ou ajuda, de misericórdia. Podem vir em forma de canticos ou preces pedindo perdão. Pedido de perdão.
MANDINGA - Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.
MANIFESTAÇÃO - Quando o corpo do médium é tomado por um Guia. Conhecido também como transe mediúnico, incorporação.
MARACÁ - Do tupi mbaraká - chocalho usado em solenidades.
MARAFA (MARAFO) - Aguardente, cachaça. Bebida de Exú.
MATÉRIA - Corpo, parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.
MAU OLHADO - Quebranto, feitiço. Doença ou mal estar causado por um olhar mau, invejado.
MÉDIUM - Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do Espiritismo, adotado pela Umbanda.
MESA BRANCA - Trabalhos no terreiro quando há incorporação apenas de médicos e enfermeiras.
MEISINHA - Despacho, mandinga, trabalho.
MIRONGA - Feitiço, segredo, feitiço feito pelos Espíritos Nagôs. Mistério.
MISTIFICAÇÃO - É o mais importante dos casos do falso espiritismo, pois constitui um recurso muito empregado por falsos médiuns, ou pessoas de má fé, com a vã finalidade de auferirem vantagens pecuniárias e aumentarem sua fama e sua vaidade.
MUCAMBA - O mesmo que cambone.
MUZAMBÊ - Forte, vigoroso.
N
NAGÔ - Nome dado aos escravos originários do Sudão, na África. Considera-se Nagô como a religião do antigo reino de Yorubá.
NIFÉ - Fé, crença na língua Yorubá.
NOMINA - Oração que é guardada num saquinho e pendurada no pescoço como amuleto para proteção. Patuá.
NURIMBA - Bondade, amor e caridade.
O
OBASSABÁ - O mesmo que abençoar, benzer.
OBASSALÉA - O mesmo que obassabá.
OBATALÁ - Céu. Abóbada celeste. Deus
OBÍ - Fruto de uma palmeira africana (Cola acuminata, Schott. & Endl. – STER-CULIACEAE) aclimatada no Brasil. Usada no Candomblé e na Umbanda, onde serve de oferenda para os Orixás e é usado nas práticas divinatórias, cortado em pedaços.
OBRIGAÇÕES - Festas em homenagem aos Guias ou Orixás. São também as determinações feitas aos médiuns ou consulentes pelos Guias com o objetivo de auxilio ou como parte de um ritual do desenvolvimento mediúnico.
OBSEDIAR - Perseguir. Ação pela qual os espíritos perturbados que prejudicam as pessoas levando a situações econômicas difíceis, loucura, etc.
OBSSESSOR - Espírito perturbador ou zombeteiro (quiumba) que prejudica as pessoas.
ODÉ - Oxossi. Oxossi mais velho.
ODÔ, IÁ - Saudação de Iemanjá
OFÃ - Médium responsável pela colheita e seleção das ervas nos rituais.
OGÃ - Auxiliar nas sessões do terreiro. Ogã pode ser um protetor de Terreiro ou como um Chefe das Curimbas. Ambos tem o mesmo grau hierárquico. Na Umbanda, os Ogãs são naturalmente e normalmente os tocadores de atabaques.
OIÁ - Outro nome conhecido por Iansã
OKÊ - Saudação aos Caboclos. Diz-se assim : Okê Caboclo! Okê Oxossi.
OLHO-DE-BOI - Semente de Tucumã, gozando de propriedades protetoras contra cargas negativas como feitiços, mau-olhado, inveja. Tem muitas utilidades no terreiro, desde patuás até guia (colar).
OLHO GRANDE - Mau Olhado, inveja, malefício, quebranto.
OLORUM - Deus Supremo. Entidade suprema, força maior, que está acima de todos os Orixás (Zambi).
OMOLOCÔ - Culto de origem angolense.
OPELÊ DE IFÁ - Rosário deito de pequenos búzios e que é utilizado para ler o futuro.
ORAÇÃO FORTE - Patuá que consiste em uma oração escrita em pequeno pedaço de papel, que a pessoa preserva em seu poder, quer guardado no bolso, ou dentro de um pano em forma de saquinho pendurado no pescoço a fim de proteger-se ou livrá-la de todos os males.
ORI - Cabeça.
ORIXÁ - Divindades africanas que representam as forças do Universo Infinito. Espírito puro. Santo.
ORIXÁ DE CABEÇA - Orixá principal do médium.
ORIXÁ DE FRENTE - O mesmo que orixá de cabeça.
OTÁ - pedra ritual, elemento e objeto sagrado e secreto do culto.
P
PADÊ - Despacho para Exú no início das sessões ou festas, constando alimentos, bebidas, velas, flores e outras oferendas, a fim de que os mesmos afastem as perturbações nas cerimonias.
PADRINHO - pai-de-santo, Chefe de Terreiro.
PAI-DE-SANTO - Zelador do Santo, Chefe de Gira, Chefe de Mesa, Chefe do Terreiro. Médium e conhecedor perfeito de todos os detalhes para o bom andamento de uma sessão.
PALINÓ - Cântico ou poema em louvor a Iemanjá
PÃO BENTO - Pão ázimo ou qualquer outro tipo de pão, ao qual se dota de forças mágicas. É utilizado em inúmeros trabalhos para diversas finalidades. Há trabalhos com pão e vela benta para se localizar num rio ou no mar o corpo de uma pessoa afogada, por exemplo.
PARAMENTO(s) - Roupas e objetos utilizados em cerimônias do ritual religioso.
PATUÁ - PA = erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças). Amuleto que é colocado num saquitel (pedaço de pano costurado em forma de saquinho) e é pendurado no pescoço, ou se prende na roupa de uso.
PAXORÔ - Instrumento simbólico de Oxalá usado pelos pais-de-santo em trabalhos.
PEDRA-DE-RAIO - Meteorito, Fetiche de Xangô , itá.
PEJI - altar, congar.
PEMBA - Espécie de giz em forma cônico-arredondada, em diversas cores, como sejam : branco, vermelho, amarelo, rosa, roxo, azul, marrom, verde e preto, servindo para riscar pontos e outras determinações ordenadas pelos Guias, sendo que conforme a cor trabalhada com pemba, pode se identificar a Linha a que pertence a Entidade, ou a Linha que trabalhará naquele ponto. Pedra de giz usada para traçar desenhos mágico-religiosos e de caráter invocatório, frequentemente empregados nos ritos de Umbanda.
PERNA DE CALÇA - Significa homem na linguagem de Exu e Pretos-velhos.
PIPOCA - comida de Omulu/Obaluaê. Grão de milho arrebentado na areia quente para ser utilizado em descarrego. Descarrego de Pipoca.
PIRIGUAIA - Variedade de búzio.
PITO - Cachimbo ou cigarro de palha usado pelos Pretos-velhos.
PONTEIRO - Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.
PONTOS CANTADOS (MANTRAS DE UMBANDA) - Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade. É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir. Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias. Os pontos cantados na Umbanda são preces e a invocação das falanges e Linhas, chamando-as ao convívio das reuniões e no auxilio dos que buscam caridade. Assim, como toda a religião tem seus canticos, a Umbanda usa seus pontos cantados, dos quais, não se deve abusar. Esses hinos representam e atraem forças das Falanges, para trabalhos de descarrego e desenvolvimento mediúnico. Pontos cantados não devem ser deturpados, ou modificados, para que sua força não se altere, uma vez alterado o efeito não será o mesmo, podendo até ser prejudicial.
PONTOS RISCADOS - Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade. São identificação dos Guias. Cada Guia e cada Orixá tem seu ponto riscado. Os pontos são riscados com pemba. Mas o ponto não se resume apenas a identificação de um guia, linha, falange ou Orixá; ele pode fechar o corpo de um médium, pois a escrita sagrada se utiliza de magia para que qualquer espírito perturbado não se aproxime.
PORTEIRA - Entrada do Terreiro / Templo.
POVO DA ENCRUZA (POVO DE RUA) - Exús.
PRECEITO - Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.
PUXAR O PONTO - Iniciar um cântico. É geralmente feito por um Ogã.
Q
QUARÔ - Flor chamada Resedá possuidora de notáveis virtudes mágicas e grandemente empregada em banhos e defumações.
QUEBRANTO - Mau olhado, feitiço, coisa feita. Normalmente atinge mais crianças pagãs, mas pode atingir também crianças batizadas e adultos. O quebranto é cortado com benzimento.
QUEBRAR DEMANDA (QUEBRAR AS FORÇAS) - É anular, desmanchar o efeito de um trabalho para prejudicar ou perturbar uma pessoa.
QUEBRAR PRECEITO - Desrespeitar as regras e hábitos estabelecidos no ritual do desenvolvimento ou dos trabalhos.
QUIMBANDA - Linha de esquerda que com a Umbanda forma o equilíbrio. Linha espiritual na qual trabalham os Exus e Pomba-giras. clique e saiba mais.
QUIUMBA - Espírito atrasadíssimo, obsessor e pertubador. Zombeteiro. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”.
QUIZILA (QUEZILA ou QUEZíLIA) - Tabu, implicância, interdição, indisposição em relação a algo ou alguém, conjunto de proibições. Aversão, antipatia, repugnância, alergia a alguma coisa.
R
RAÚRA - Cambone. Auxiliar nos trabalhos do Terreiro.
RECEBER O SANTO - Incorporar. Entrar em estado de transe com o Guia ou Orixá
REDENTOR - Jesus Cristo
REINOS - Uma das divisões dos mundos espirituais. Domínios dos Orixás. Alguns exemplos : Juremá, Pedreiras, Fundo do Mar, Humaitá, etc
RESPONSO - Oração em latim para determinado santo para se conseguir uma graça.
RISCAR PONTO - Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.
ROÇA - Terreiro, centro.
RONKÓ - Quarto onde estão os assentamentos dos Orixás.
S
SACUDIMENTO - Ato de realizar limpeza, lavagem e varredura do terreiro e/ou seus filhos. Descarrego.
SAÍDA de YAÔ - Cerimônia de iniciação do filho-de-santo no Candomblé ou no culto Omolokô.
SAL (GROSSO) - Empregado sob diversas modalidades nos Terreiros, principalmente como elemento em banho fixador de determinada energia. Também empregado como elemento para descarrego do local quando colocado com um copo de água atrás da porta, absorvendo assim as energias que por ali passam. É erroneamente empregado como banho de descarrego, para tal deve-se utilizar apenas as ervas do Pai-de-cabeça do usuário deste.
SALUBÁ (SALUBÃ) - Saudação de Nanã
SAMBORE - Também vem do Cabula e do Omolokô, samba = pular com alegria, ou seja, momento de grande energia onde as sambas do Cabula e do Omolokô pulavam com alegria. "Sambore, pemba de angola" - quando risca o ponto, canta o ponto para a firmeza dos trabalhos.
SANTERIA - Nome da religião de origem caribenha irmã do Candomblé. Também conhecida por: Regla de Ocha, La Regla Lucumi ou simplesmente Lukumi.
SARABUMBA - Salve, o mesmo que Aruê.
SARAVÁ - Saudação umbandista que corresponde a Salve! Viva!
SEREIA DO MAR - Janaína, princesa d´água. Pode representar também como Yemanjá dentro de um contexto.
SINCRETISMO - Fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretarão de seus elementos. Fenômeno de identificação/coligação dos Orixás com os Santos Católicos.
T
TRONQUEIRA - Local destinado para ser feita a segurança primeira do terreiro, localiza-se de frente para a rua, do lado esquerdo de quem entra.
TUIA - O mesmo que Fundango, Pólvora.
TUMBA - É uma palavra congo-angolesa [Kimbundu] que significa parente ou pessoa íntima. Dic.: sepultura, campa, jazigo, sepulcro.
U
UMBANDA (AUMBANDAN) - Manifestação do Espírito para a caridade. Religião brasileira fundada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908. Definição no dicionário Michaelis: "sf. (quimbundo umbanda) 1 Folc. Primeiramente designava o chefe das macumbas cariocas, mas passou a designar a própria cerimônia. É culto religioso e mágico e atualmente até sincretizado com o catolicismo romano e o espiritismo. 2 Magia branca praticada com finalidade construtiva, cura, orientação moral dos transviados etc. 3 Cerimônia religiosa. 4 O mesmo que quimbanda". 5 Outra definição interessante encontra-se na origem da palavra Umbanda no alfabeto Adâmico; no qual: Aum = "Divindade Suprema" + Ban = "conjunto ou sistema" + Dan = "regra ou lei", formando: "CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS".
UMBANDISTA - Praticante, crente, seguidor da Umbanda.
UMBRAL - Estado ou local por onde passam a maioria dos humanos após a morte, lá os desencarnados experimentam sofrimentos "físicos" e morais, como a sensação da necrose do corpo e a vergonha de se ver incapaz de ocultar suas fraquezas e desejos mais íntimos dos olhares curiosos e/ou inquisidores de outros espíritos. Região interdimensional destinada ao esgotamento dos resíduos mentais no processo em que a alma abandona o corpo após sua morte. O Purgatório.

V
VIRAR NO SANTO - Entrar em transe. Incorporar.
VODUN (VOODOO, VODU ou VUDU) - Também conhecido por "Sèvis Gine" ou "Serviço Africano", é uma religião originada na África Ocidental que se tornou conhecida no Novo Mundo através dos escravos vindos da Africa. O Vodun da África Ocidental é a forma original da religião que se desdobrou no Vodou Haitiano, Voodoo da Louisiana e Candomblé Jejê no Brasil. Na Quimbanda é conhecida e trabalhada pelos Exús, principalmente os Caveiras.

X
XANGÔ (SHANGO ou SANGO, na origem Yorubá) - Orixá da justiça. é sincretizado com São Jerônimo, São Pedro, São João Batista, cujo poder se manifesta na pedreira. Seu símbolo é o machado de duas faces; significando que o machado tanto protege seus filhos das injustiças como os pune quando as cometem, bem como a estrela de 6 pontas cujo símbolo é em si o poder equilibrador do universo.
Y
YALAORIXÁ (IALORIXÁ) - Mãe de Santo.
YAÔ (IAÔ) - Médium feminino no primeiro grau de desenvolvimento do Terreiro.
YANSÃ (YANSAN, IANSÃ ou INHAÇÃ) - Santa Bárbará. Senhora dos ventos, raios e tempestades. No Candomblé, onde também é chamada de Oyá, é representada com um alfange e uma cauda de animal nas mãos, e com um chifre de búfalo na cintura.
YEMANJÁ (IEMANJÁ) - Orixá sincretizada com Maria mãe de Jesus. Senhora da calunga grande (mar). Mãe das Águas. Nossa Senhora dos Navegantes. Nsa. Sra da Glória.
Z
ZAMBI (NZAMBI) - O Deus supremo na Umbanda. O Criador nos candomblés de Nação Angola, equivalente à Olorun do Candomblé Ketu. Zambi é o princípio e o fim de tudo.